O maior de todos os balões, vindo da China, a 10 mil quilómetros de distância, foi abatido por um F-22, ao largo da Carolina. Percorreu, tranquilamente, a 20 mil metros de altitude, os Estados Unidos, de Norte a Leste. Agora parecem pipocas a saltar no céu. Uma, mais pequena, apareceu no Alasca, onde curiosamente estão os interceptores dos mísseis balísticos, e lá foi mais um dos incomparáveis F-22 picar o engenho.
No sábado foi abatido mais um no Canadá, e agora está identificado um filhote no Montana, onde estão muitos dos «arquipélagos» de silos nucleares americanos. Pequim já não abre a boca, nem de indignação nem de assunção de paternidade, mas eles parecem filhos da mesma mãe: branquinhos, e bonitinhos.
Quem é o pai destes filhotes? A tecnologia é barata e acessível, mas como bem dizia um analista da CNN Internacional, usar um balão para espiar é como ir para a guerra na Ucrânia com uma faca bem afiada. Todas as teorias são válidas, nesta fase. Os caçadores de conspirações já conseguiram relacionar esta pequena praga aérea, com os recentes avistamentos de Ovnis. Será?
É uma boa explicação. Mas quem lança estas pipocas? É um brincalhão, que os enche na garagem, e lança à noite, para atrapalhar o NORAD (Comando Estratégico dos EUA)? É uma vaga que vem da Coreia do Norte, com a sua tecnologia dos anos 50? É Putin que já não sabe o que fazer? Tantos balões, a todas as horas, já dá para desconfiar. Há uns anos, na Grã-Bretanha, apareciam nos campos de trigo, vistos do ar, uns símbolos esotéricos e meticulosamente desenhados. Eram extraterrestres, diziam. Garantiam.
Uns tempos depois, o mistério foi desvendado pelos seus autores: era uma brincadeira de agricultores, criada e construída com tratores, à noite, para deixar inquietos os cientistas, militares, governos e alianças, que teorizam sobre as mais absurdas ameaças. Os desenhos eram espetaculares, os padrões enigmáticos, e as fotografias impressionantes. Depois do grande balão, a sério, os outros são para gozar? Para confundir? Não dá para ver quem os está a lançar? Para que raio servem os satélites, afinal?
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