A guerra na Ucrânia vai entrar numa fase decisiva, mais dura do que nunca, e Zelensky, no seu périplo europeu, sabe que é o momento de os aliados colocarem todas as cartas militares na mesa: os tanques que chegarão em março, os aviões de combate que serão necessários urgentemente, e os mísseis de médio alcance que servirão para destruir armamento russo colocado a grandes distâncias.
Zelensky precisa que os Estados Unidos, e todos os aliados europeus, não vacilem na dura luta que se prenuncia para finais de fevereiro e início de março, e para todo o ano de 2023. Os americanos não acreditam que Putin tenha capacidade militar para grandes ofensivas, ao contrário do que pensam os britânicos, mas todos coincidem na estratégia acertada de dotar a Ucrânia com os meios militares que garantam uma vitória. Como está não pode continuar.
Tudo isto significa que este ano, do ponto de vista militar, e respetivas consequências políticas e económicas, será outra vez de extraordinária imprevisibilidade, instabilidade e inquietação. A Rússia não se ficará com uma derrota humilhante, e ninguém conseguirá antecipar ou prever os passos seguintes de Putin.
Para Zelensky é agora que a Ucrânia necessita de um arsenal que permita travar a velha estratégia russa de arrasar, e destruir. É a tática da terra queimada, que vem do tempo dos czares. O pior desta guerra ainda não aconteceu, e não vale a pena fazer de conta.
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