Capa da edição
Assis Pacheco entrevista Alexandre O’Neill
Em junho de 1982, a propósito da publicação das Poesias Completas, Fernando Assis Pacheco entrevistou Alexandre O’Neill, no JL n.º36. Reproduzimos aqui essas páginas
Lisboa depois dos turistas
Em Do Bairro, Diogo Varela Silva vais às coletividades de Alfama e Mouraria para nos oferecer um olhar sobre reflexivo de uma cidade fantasma, em plena pandemia. Entrevista com o realizador
Raquel André: Uma Língua Portuguesa afiada
Um “grande elogio“ e um “questionamento” da Língua Portuguesa (LP), na performance-conferência Outra Língua, que estreia a 20, no Teatro Viriato, em Viseu.
João Paulo Borges Coelho: Unir os fios do passado
Garante que se interessa mais pelo passado do que pelo futuro e os muitos anos de professor universitário e investigador comprovam essa inclinação. Da mesma forma, também os seus romances mergulham na história recente de Moçambique, quer para reviver algumas memórias pessoais e familiares, quer para reconstituir acontecimentos decisivos. É o que volta a fazer Museu da Revolução (ed. Caminho), uma viagem pelas guerras que marcaram as últimas décadas do seu país, da Guerra Colonial à atualidade
Espreitar o futuro
Mar Infinito é um objeto raro e difícil de identificar. Um filme de ficção científica português. Ou mais do que isso. Entrevista com o realizador
Daniel Blaufuks na série PH
É sobre Daniel Blaufuks a oitava monografia da coleção Ph, da Imprensa Nacional, dedicada à fotografia portuguesa contemporânea. O livro, com lançamento a 24, às 18,30 h, na Fundação Gulbenkian, percorre a obra do artista visual, dos iniciais anos 80 aos dias de hoje, e integra um ensaio da filósofa Maria Filomena Molder
Crónicas
Letras
Rosa Alice Branco: a escrita, os cães, as escritas
Palavra de Poesia, a crítica literária por António Carlos Cortez
Sandro Veronesi: Laços de família numa Itália em mudança
Teve uma cidadela só para si, em Cascais, uma sala numa livraria (a Déjà Lu) e um “bom restaurante”. Não podia ter corrido “melhor” a residência literária que Sandro Veronesi realizou, no mês de abril, a convite da Fundação D. Luís I
O sintoma ficcional de Jesus
A brilhante introdução a um “ensaio em progresso” do autor, sobre o tema em título, a propósito, e a partir, de José Saramago e do seu romance O Evangelho Segundo Jesus Cristo, em cujo final “o escritor coloca na boca (ou na mente) de um Jesus crucificado uma afirmação tão arrasadora quanto espiritualmente iluminadora. Dirigindo-se aos homens e referindo-se a Deus, Jesus clamou: ‘Homens, perdoai-lhe, porque ele não sabe o que fez’”
Rui Nunes: o grande enigma da literatura portuguesa
Os dias da prosa, crítica literária por Miguel Real
Carla Pais: Homem e mulheres permanentemente sós
Carla Pais acaba de lançar um novo romance: “Um Cão Deitado à Fossa”
Artes
Laura Castro: Dar visibilidade à arte
Unir 13 instituições culturais do Norte com o intuito de partilha cultural. É o novo projeto de Laura Castro
Pedro Neves Marques: Género, Ecologia e vampiros na Bienal de Veneza
Até novembro, representa Portugal na Bienal de Arte de Veneza e uma curta-metragem sua ganhou um prémio no Festival de Roterdão. É o nome de quem se fala nas artes portuguesas. Quem é Pedro Neves Marques?
Jazz de intervenção
Oito canções, quatro autores. Um mestre, três discípulos. Cantigas de Maio é um projeto do contrabaixista Bernardo Moreira que recria grandes canções da música portuguesa através do jazz, na companhia de João Neves (voz), , Ricardo Dias (piano) e André Santos (guitarra). Neste primeiro álbum são interpretados temas de Zeca Afonso, José Mário Branco, Sérgio Godinho e Fausto.
Gulbenkian homenageia Julião Sarmento com escultura pública e mostra de livros
A exibição da escultura “Marie” e uma mostra bibliográfica sobre Julião Sarmento (1948-2021) fazem parte de uma homenagem organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian para assinalar, em Lisboa, um ano da morte do artista visual, que hoje se completa
Ainda Marianas no D. Maria: Novas Cartas em cena
As Novas Cartas Portuguesas, de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, obra essencial do feminismo, que este ano faz 50 anos, são o ponto de partida de Ainda Marianas, que estreia amanhã, 21, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa. E esse é um livro “que desafiou o antigo regime”, que tem sido “votado a um certo esquecimento”, mas, como afirmam as criadoras Catarina Rôlo Salgueiro e Leonor Buescu ao JL, não ficou “cristalizado” e “ainda ressoa até hoje”.
Ideias
Lídia Jorge escreve sobre Salgueiro Maia
“Os Memoráveis” é talvez a melhor e mais reveladora ficção, com muita da sua realidade fielmente narrada/reinventada, sobre, ou a partir, do 25 de Abril e seus protagonistas – como aliás é natural, sendo a sua autora quem é. E nesse belo romance a figura de Salgueiro Maia está inteira em Charlie 8 e a descrição da sua ação pela viúva é exemplar. A evocação agora aqui feita pela romancista, e as páginas em que fala Natércia