Apesar de a maior parte do público só os ter conhecido a partir de meados dos anos 80, a carreira deste grupo escocês teve início bem antes disso, na viragem da década de 1970 para a de 1980, quando foram figuras de proa do movimento pós-punk e da então denominada new wave. Depois, na segunda metade dos anos 80, tornaram-se uma das bandas mais populares do mundo, muito por culpa da MTV, que de um momento para o outro os elevou ao estatuto de estrelas pop, à boleia do vídeo da canção Don’t You (Forget about Me). Por essa altura, singles como Sanctify Yourself, Alive and Kicking ou Belfast Child (que chegou a número um do top britânico) tornaram-se hinos cantados a plenos pulmões nos estádios que os Simple Minds esgotavam um pouco por todo o lado, num campeonato então disputado taco a taco com os U2 e os Depeche Mode.
O tempo dos estádios cheios chegou ao fim na década de 1990, quando um conjunto de alguns discos menos conseguidos quase provocou o fim da banda. A redenção aconteceria já na segunda década do novo século, com uma nova fornada de álbuns que os trouxe de volta à velha forma. Big Music foi editado em 2014 e considerado pela crítica um dos melhores de sempre do grupo agora liderado pelo icónico vocalista Jim Kerr e pelo guitarrista Charlie Burchill, os dois únicos membros originais na atual formação. Não foi, portanto, surpresa para ninguém quando o insuspeito jornal New Musical Express os incluiu nas listas das bandas mais influentes de sempre, lado a lado com nomes como Radiohead, Primal Scream ou Manic Street Preachers. Cinco anos após a última visita a Portugal, com um espetáculo acústico, é esse percurso único que se celebra, em dois concertos novamente ligados à ficha e com toda a eletricidade de sempre, integrados numa digressão cujo nome não podia ser mais claro: 40 Anos de Êxitos.
Simple Minds > Coliseu do Porto > R. de Passos Manuel, 137, Porto > T. 22 339 4940 > 24 abr, dom 21h > €23 a €65 > Campo Pequeno > Lisboa > T. 21 798 1420 > 25 abr, seg 21h > €24 a €65