Fechado durante cerca de um ano, o Museu Romântico do Porto reabriu com uma nova cenografia, num convite à (re)descoberta da exposição permanente. Sob a orientação do arquiteto Camilo Rebelo e com a colaboração do cenógrafo Tito Celestino, pintaram-se paredes, restauraram-se peças, renovou-se a apresentação da coleção, bem como a entrada, o circuito de visitas e os serviços educativos, num investimento superior a meio milhão de euros. Além do restauro de três pianos-fortes do século XIX, de oito relógios, de tapeçarias e mobiliário, a coleção integra, agora, um conjunto de gravuras de Vitorino Ribeiro e mais de uma dezena de pinturas, propriedade da câmara municipal, que se encontravam em depósito no Museu Nacional Soares dos Reis.
Instalado na Quinta da Macieirinha, debruçada sobre o rio Douro e junto aos jardins do Palácio de Cristal, o museu municipal mais visitado da cidade viu também melhorados os acessos, dentro e fora do edifício. Trata-se de um projeto maior da Câmara do Porto, apostada em criar um Museu da Cidade com vários polos, e que já tinha incluído a renovação da Casa-Museu Guerra Junqueiro e da Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio. Agora a antiga casa de campo, construída no século XVIII para moradia de um abastado comerciante da cidade − e que foi residência de Carlos Alberto de Saboia, o exilado rei da Sardenha e príncipe do Piemonte −, volta a receber visitas, sem perder o charme discreto que a caracteriza.
Museu Romântico do Porto > Quinta da Macieirinha > R. de Entre-Quintas, 220, Porto > T. 22 605 7032 > ter-dom 10h-17h30 > €2,20 > sáb-dom grátis