O mundo ficcional estava convencido de que Dexter Morgan morrera num violento acidente de barco, no último episódio da oitava temporada, transmitido já em 2013. Os leais espectadores, que acompanharam a história deste especial serial killer até à última gota de sangue, sabiam que ele tinha escapado, só podia, porque o viram rachar lenha numa imagem final. E assim haviam encerrado a trama, que se tornou demasiado inverosímil nas últimas temporadas.
Ninguém contava era com o regresso deste renovado Dexter, o mesmo Michael C. Hall, a quem agora todos os habitantes da pequena cidade de Iron Lake, perto de Nova Iorque, tratam carinhosamente por Jimmy. Ele entra outra vez nos nossos ecrãs ao som da batida de Iggy Pop, I’m the passenger, and I ride, and I ride… E logo nos lembramos de que ele não é apenas aquele que corre na neve e se depara com um lindíssimo veado branco sem conseguir disparar sobre ele.
Nos primeiros longos minutos de Dexter, New Blood, percebemos como a sua vida é agora entediante e rotineira, e quase nos aborrecemos tanto quanto ele. Ironicamente, reencontramo-lo a trabalhar numa loja de armas, sem que ninguém desconfie da sua verdadeira identidade ou passado ligado ao crime.
Salva-se a relação com a namorada, polícia, que apimenta o seu ramerrame. A irmã também reaparece, mas enquanto fantasma e sob a forma de grilo falante, lembrando-o, várias vezes, de não prevaricar. É o filho, que Dexter nunca mais vira desde que deixara Miami, há uma década, que, ao aparecer nesta terra, num dezembro gelado, vai mudar radicalmente as regras do jogo. Já se está mesmo a ver como, não?
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Dexter, New Blood > Estreia 8 nov, seg > 10 episódios