Há 12 anos, Spencer McCall, 33 anos, foi contratado para editar vídeos no Instituto Jejune. O Jejune tinha surgido do nada em São Francisco, nos EUA, e, durante três anos, dez mil pessoas foram induzidas a participar numa “experiência”. Os pequenos flyers colados nos postes de eletricidade chamavam a atenção de quem passava, e assim as pessoas eram “convidadas” a visitar um escritório, num 16º andar de um arranha-céus no distrito financeiro. Lá chegadas, assistiam a um vídeo que as enviava para uma espécie de caça ao tesouro pela cidade, contactando com outros recrutados pelo instituto. Terá sido um culto ou um jogo? A experiência foi tão “fora da caixa” que resultou no documentário The Institute.
Agora, baseado no documentário de McCall, Jason Segel criou o argumento de Dispatches from Elsewhere, a nova série que também produz e protagoniza. Ao longo de dez episódios, o espectador irá descobrir um mundo que decorre em paralelo com o quotidiano, através da perspetiva de quatro pessoas. Conceptual, intrigante, fantasioso, até, não podemos ter pressa em compreender tudo o que se passa na série. Seremos guiados pelo narrador presente, Octavio Coleman, o líder do Instituto Jejune, aqui representado pelo ator Richard E. Grant.
Peter (Jason Segel) tem uma vida rotineira e desinteressante, sem qualquer tipo de sentimentos, mas ganha um ânimo novo quando entra no instituto e depois conhece Simone (Eve Lindley), uma mulher insegura por natureza. Por acaso (ou não), o instituto junta-os a Janice (Sally Field), uma dona de casa, com o marido internado num hospício, que questiona e quer recuperar a sua identidade, e a Fredwynn (Andre Benjamin), para quem tudo é um enigma. Cada um deles questiona o que será o instituto: uma conspiração, uma partida ou um jogo? Exceto Peter que começa a ver a experiência como a própria realidade.
Dispatches from Elsewhere > Estreia 20 abr, seg 22h10