No passado dia 30 de março, pelas seis da tarde, a página da RTP no Instagram abria-se para um direto, em jeito de conferência de Imprensa, para alguns dos atores do elenco de A Espia falarem sobre o novo projeto da ficção nacional, produzido pela Ukbar Filmes. Coube à atriz Maria João Bastos conduzir a apresentação da série realizada por Jorge Paixão da Costa, que mostra “a realidade do nosso país, durante a II Guerra Mundial. Um Portugal desconhecido, em que existiam muitos espiões, desde ingleses, alemães e norte-americanos. Muitos portugueses faziam jogo duplo, ora informando os aliados ora os nazis”, descreve.
Na trama, a atriz interpreta Rose Lawson para quem “tudo e todos têm um preço e nem sempre se consegue a neutralidade”. Através de um velho amigo do pai, envolve-se numa rede de espionagem e, quando reencontra a melhor amiga dos tempos de escola, Maria João Mascarenhas (Daniela Ruah), alicia-a para obter informações sobre os carregamentos de volfrâmio feitos pela empresa de transportes do seu sogro.
Doze anos depois de se ter mudado para Los Angeles – num dos intervalos das gravações da série norte-americana Investigação Criminal –, Daniela Ruah volta a integrar o elenco de uma produção nacional como protagonista. Nas palavras de Diogo Morgado, que dá corpo ao engenheiro alemão Siegfried Brenner que vai envolver-se com a fotógrafa, a sua personagem é uma “idealista, com os pés bem assentes na terra, inocente até, com o coração no sítio. É um livro aberto, enquanto todos os outros à volta dela são dúbios”.
Baseado num argumento inicial de José de Pina e de Rui Cardoso Martins, a ideia original é de Pandora da Cunha Telles, que contou com a consultoria histórica de Margarida Ramalho, para melhor contar as jogadas perigosas de diplomacia e de contraespionagem da rede Shell, dirigida pelos britânicos que operaram em Portugal, entre 1941 e 1942.
A Espia > RTP1 > Estreia 8 abr, qua 21h