1. Córdova, Espanha
A cidade com mais património mundial da UNESCO declarado, ainda desconhecida por muitos, é, nas palavras de Duarte Seabra Calado, “um lugar incrível, com uma presença islâmica, judaica e cristã bastante marcada que lhe dá um toque mítico e ecuménico”. Sem aeroporto nem tuck tucks, limpa e organizada, com orgulho na própria história e empenho em preservá-la, Córdova “dá uma lição à Lisboa atual”, assegura.
2. Jean Cocteau
Para entrar no mundo daquele que considera “um dos artistas mais completos do século XX”, visitou recentemente a casa do poeta, escritor, pintor, designer e cineasta Jean Cocteau, em Saint-Sospir, na Riviera francesa, viagem que aconselha vivamente, bem como a leitura de Le Livre Blanc, “um livro corajoso à época”.
3. Amália Rodrigues e Carminho
Encontra no fado o género musical com o qual mais se identifica. “A nostalgia e a melancolia portuguesas são algo que tenho muito enraizado. O fado conforta–me e alimenta esse meu lado”, confessa. E elege, no topo das suas preferências, Amália Rodrigues e Carminho. Se a primeira “é, sem dúvida, a grande fadista e a voz mais brilhante de Portugal”, a segunda representa uma faceta mais moderna e atual desta arte, “sem nunca perder a alma de fadista”.
4. Fundação Ricardo Espírito Santo, Lisboa
O trabalho que a Fundação Ricardo Espírito Santo desenvolveu ao longo de anos, a fim de manter vivas e preservadas várias formações nas artes decorativas, é algo que admira muito e considera fundamental. “O museu da Fundação, no antigo Palácio Azurara, é uma boa mostra do que são as artes decorativas em Portugal”.
5. Mês de junho em Lisboa
“Sou um apaixonado e devoto de Santo António e nunca perco o mês das festas de Lisboa, a procissão de Santo António, as marchas populares, os manjericos, o arraial na Bica e as sardinhas no Pateo 13”.
6. Mário Eloy
O pintor modernista português, protagonista de uma história de vida trágica, é um dos preferidos de Duarte Seabra Calado. “O autorretrato que está no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado é dos mais fascinantes”.