LISBOA
1. Ressaca Tropical
Abriu em maio, na Rua das Gaivotas, em Lisboa, e distingue-se por ser um bar de vinhos naturais e de baixa intervenção. Tem uma oferta de referências (metade portuguesa e metade internacional) para descobrir a copo ou à garrafa, que se fazem acompanhar de queijos, enchidos, de uma só cerveja artesanal, a Common People, e da poncha madeirense BisBis. Tudo temperado com uma seleção musical cuidada – descubram-se as playlists na conta de Spotify do Ressaca Tropical – num espaço que se quer aberto a momentos de conversa e de descontração. Faz parte de um projeto maior, de distribuição de vinhos naturais da Austrália, cujo arranque foram umas festas em Nova Iorque. Boas vibrações não lhe faltam. M.C.B. R. das Gaivotas, 23, Lisboa > T. 96 878 3552 > ter-sáb 19h-02h, dom 19h-01h
2. Seis
A carta de vinhos deste wine bar nunca está completa. Todas as semanas, desde que abriu em maio, Bruno Sousa Teixeira traz uma ou mais referências novas para acrescentar à garrafeira do Seis, a um minuto do Castelo de São Jorge, em Lisboa. Embora a localização seja turística e a vista de postal (observam-se o rio Tejo, a Ponte 25 de Abril e o Cristo-Rei), foi pensado para os portugueses conviverem à volta do vinho. A mais-valia é o facto de a garrafeira ter cerca de meia centena de referências pouco conhecidas. “Estamos preparados para explicar tudo sobre cada um dos vinhos”, acrescenta Bruno. A copo só vendem o vinho da casa (€6,60), privilegiando a garrafa (a partir €14) que se pode fazer acompanhar de bifanas à moda do Porto ou do naco ao ponto. As noites de segunda-feira são de fado, para um público nacional, sem necessidade de “explicações sobre o que se está a ouvir e a sentir”. R. do Milagre de Santo António, 6, Lisboa > T. 21 886 2841 > seg, qua-dom 12h-23h
3. Pif
Dar a experimentar vinhos de várias regiões de Portugal “sem ter de ir às adegas” foi o que motivou a advogada francesa Adélaïde Biret a abrir, no ano passado, este bar de vinhos no bairro lisboeta dos Anjos. No balcão ou na esplanada do Pif, podem beber-se cerca de 25 vinhos (12 dos quais a copo, entre €4 e €5,50), de origem portuguesa e de pequenos produtores, alguns biológicos e biodinâmicos, que se podem (e devem!) fazer acompanhar de húmus, tábuas de queijos e enchidos e, por vezes, ostras do Sado. Além do serviço de bar, fazem distribuição e entregas em Lisboa e na Margem Sul. R. Maria, 43A, Lisboa > ter-sáb 17h-23h
4. O Primo do Queijo
Ao Primo Afastado, produzido na região dos vinhos verdes, servido a copo (€3) ou à garrafa (€9), acaba de se juntar o espumante Primo Abastado (€4 ou €12), a recente aposta do bar aberto há mais de um ano pelos sócios Francisco Bernardo e Bruno Ribeiro, nos Anjos, em Lisboa. A estas duas marcas próprias, O Primo do Queijo acrescenta-lhes referências desde o Douro ao Alentejo e ainda uma cerveja da Sovina, 500 Saison Grape Ale, preparada com mosto de vinho verde, ideal para acompanhar os petiscos da ementa, como a sanduíche de presunto e queijo da serra da Estrela (€4,50) ou a de paio do cachaço (€3,50). Para levar para casa, há conservas, chás, azeite, sal, queijos, enchidos e compotas e, claro, muitas garrafas de vinho. R. do Forno do Tijolo, 42A, Lisboa > T. 21 016 1888 > seg-dom 16h-24h
PORTO
5. Garage Wines Wine Bar
Situado no edifício da Real Vinícola, junto à Casa da Arquitectura, em Matosinhos, é uma espécie de sala de visitas da garrafeira Garage Wines, a uns metros adiante. Com um serviço informal e sofisticado, aposta no consumo a copo de vinhos de pequenos produtores nacionais e estrangeiros: “Não há marcas de supermercado. São vinhos diferentes e pouco conhecidos”, nota Ivone Ribeiro, a proprietária. Nos dois andares, onde o betão se conjuga com a madeira e o vidro, com capacidade para 57 pessoas, há mais de 300 rótulos, para provar a copo (a partir de €3,50) ou em garrafa, que mudam a cada dois meses. Além de queijos e enchidos, acompanhemo-los com tapas frias, de burrata de búfala ou de salmão fumado (a partir de €6) do chefe de cozinha Luís Américo. Casa da Arquitectura, Av. Menéres, 456, Matosinhos > T. 91 311 8699 > ter-sáb 16h-23h
6. Botella – Food & Wine
Aberto em julho, o novo wine bar da Foz do Porto quer ser “um after work, onde as pessoas possam relaxar ao fim da tarde, beber um copo de vinho e comer umas tapas”, diz Diogo Magalhães Ferreira, enólogo e um dos sócios. A carta do Botella tem 80 referências à escolha (a partir €2,50, copo) de 26 produtores – todos portugueses, de pequena produção, e cujo vinho também se vende em garrafa –, que pode vir acompanhada de bons petiscos: além de queijos e presunto ibérico, há carpaccios, tacos, bacalhau fumado, secretos de porco-preto ou ciabattas. Às quartas, quinzenalmente, organizam-se wine sessions gratuitas com a apresentação, pelo próprio produtor, das novas colheitas (próxima dia 5 out). R. do Padrão, 8, Porto > T. 91 053 9999 > seg, qua, qui, dom 12h-23h, sex-sáb 12h-02h
7. Mind The Glass
São mais de 600 as referências servidas a copo neste bistrô, informal e descontraído, que é também bar de vinhos e garrafeira. Aberto em maio, no centro do Porto, serve opções menos óbvias, e por vezes raras, de vinhos a copo (a partir de €2,80), cervejas artesanais e bebidas espirituosas. Atente-se sempre às sugestões do escanção João Lourenço, como o Gáudio Verdelho 2019, Casa de Santar Reserva 2015 ou Titan of Douro 2019. Para partilhar, servem batata camponesa, queijo e trufa, bem como uma seleção de queijos e enchidos nacionais, além da comida de tacho, de sabor guloso, como o arroz malandrinho de enchidos ou o Brás de bacalhau. Some-se a isto as happy hours (terças e quartas), a música ao vivo e as wines talks, conversas sobre vinho a cargo do jornalista Mário Augusto. Tudo, de copo na mão. Pç. de Gomes Teixeira, 63, Porto > T. 91 309 3932 > ter-sáb 16h-24h
8. KUG Flores
Logo que se entra no Kitchen & Urban Garden (KUG), na Baixa do Porto, é o wine bar que surpreende com armários de alto a baixo, preenchidos com dezenas de garrafas. Neste segundo KUG na cidade, a vertente de vinhos foi alargada e conta com 185 referências disponíveis a copo (a partir €5), maioritariamente nacionais e de pequenos produtores, que se podem beber no salão nobre ou, até, no jardim-esplanada. A seleção, a cargo do sommelier Tiago Oliveira, pode ser harmonizada com os petiscos do chefe de cozinha Rui Paula, nomeadamente taquitos de atum (para os brancos), hambúrguer de lavagante (para os rosés) ou bao de costela teriyaki (para os tintos). Casamentos perfeitos, portanto. R. das Flores, 135, Porto > seg-dom 12h-24h
9. Genuíno
Foi a “paixão pelos vinhos” que levou o casal brasileiro, Gabriela Johann e Gustavo Schmidt, a abrir, em junho, este bar-restaurante no Quarteirão das Artes, no Porto. Com 40 referências, a carta só tem vinhos naturais portugueses e alguns estrangeiros, para acompanhar a “boa comida”, dizem. Diariamente, são quatro as opções a copo, que vão variando (a partir de €4,50), fruto de criações de pequenos produtores “garimpadas” em garrafeiras. Também o menu, com dez opções de entradas e de pratos para partilhar, muda todas as semanas. Prove-se, por exemplo, a deliciosa croqueta de pernil de porco com queijo flamengo e mostarda de Dijon (€4), acompanhada de um bom tinto Bougainvillea. “A ideia é ser dinâmico e brincar com os sabores de cá e de lá”, sublinham. R. Miguel Bombarda, 78, Porto > ter 18h-22h, qua-sáb 12h-15h, 20h-22h