1. Livro Apenas Miúdos, de Patti Smith
Neste livro, a artista norte-americana fala da sua relação com o fotógrafo Robert Mapplethorpe. “Dá-nos um lado mais íntimo de Mapplethorpe. A Patti Smith tem uma prosa muito bonita e traça um quadro do final dos anos 60 muito interessante. Nova Iorque não era só fama e rock’n’roll. Vi depois o documentário, e fica aquém do livro, falta-lhe o lado humano.”
2. Luz de Lisboa
Entre 2007 e 2015, Anette viveu fora de Portugal. “Senti uma falta quase física da luz de Lisboa. É morna, muito particular. Nunca encontrei um lugar que me aquecesse tanto.”
3. Il Covo, Lisboa
Fica na Madragoa, este restaurante do chefe italiano Luca. “A ementa não é fixa, depende do que ele encontra. De umas urtigas, faz um molho; de uma dourada, um carpaccio, uns raviólis… A qualidade é altíssima, e o Luca é muito simpático. Tem o melhor tiramisu, melhor do que muitos em Itália. Aliás, já nem consigo comer outro.”
4. Cinema São Jorge, Lisboa
Gerido pela câmara municipal, o Cinema São Jorge “presta um serviço a Lisboa”, defende Anette. “Faz inveja a muitas cidades e tem uma aura especial. Em Lisboa, atualmente, há apenas duas salas independentes [Nimas e Cinema Ideal]. Uma pena, pois é nestas salas que aprendemos sobre cinema.
5. Bicicleta elétrica
Anette não tem carta de condução. Recentemente, comprou uma bicicleta elétrica para ir trabalhar: “Tenho descoberto outra cidade”
6. Objeto especial
Em 2019, pela primeira vez, o Festival de Cinema de Cannes pôs à disposição uma creche para os filhos de quem ali estava a trabalhar. “A minha filha foi o primeiro bebé acreditado na história do festival, nem 1 ano tinha.”