‘Num bairro onde a música tem um papel importante, fazia todo o sentido organizar aqui um festival”, diz Mónica Calle. “E que tem a ver com o recomeçar de um projeto num bairro desconhecido, estigmatizado e periférico de Lisboa”, acrescenta a atriz e encenadora, referindo-se à mudança da “sua” Casa Conveniente para a Zona J de Chelas. Assim surgiu o Festival Zona Não Vigiada, que acontece este sábado, 26, entre as 15h e as 21h, com o objetivo de “trazer as pessoas à Zona J, proporcionando, ao mesmo tempo, a quem aqui vive, atividades a que normalmente as pessoas não têm acesso”. Tal como acontece, de resto, com os espectáculos de teatro que por aqui vão acontecendo.
Para delinear o cartaz, a companhia chamou à colaboração a associação cultural Filho Único (responsável, por exemplo, pelas festas mensais Noite Príncipe no Musicbox, pelas Noites de Verão no Museu do Chiado, em Lisboa, ou por um ciclo regular de concertos na Culturgest Porto), que aqui aposta em nomes portugueses, jovens e com um percurso independente. É o caso das Pega Monstro, duo de rock das irmãs Maria e Júlia Reis, que apresenta o novo albúm Alfarroba; dos Iguanas, com o seu toque de blues; ou de DJ Firmeza, que traz a música eletrónica de dança. A abrir a tarde vai estar o guitarrista acústico Norberto Lobo que, a partir das 15 horas, sobe ao palco montado no ringue desportivo do bairro – a melhor referência para aqui chegar é a Avenida João Paulo II. Juntam-se ainda a dupla de DJs Lilocox & Maboku, enquanto que de Londres vêm os Newham Generals, Jammz e Logan Sama.
A entrada é grátis e, “como a ideia é pôr todos a participar”, sublinha Mónica Calle, serão os cafés em volta do ringue que hão de fornecer a comida e as bebidas até que termine o festival.
Todos à Zona J
Pega Monstro
Jammz
Logan Sama
Norberto Lobo
DJ FirmezaDJ Lilocox & DJ Maboku