MUSEU DE ARTES DECORATIVAS PORTUGUESAS
A calma que se sente neste pátio escondido do Palácio Azurara, onde funciona a Fundação Ricardo Espírito Santo, contrasta com o rebuliço exterior, no Largo das Portas do Sol, um dos pontos turísticos da cidade. Nas bonitas cadeiras de ferro pintadas de verde, ao sol ou à sombra, pode acompanhar a leitura ou uma boa conversa com um sumo de laranja natural (€3,50), uma empada (€2) ou uma sanduíche. Aqui também se almoça em regime de bufete (€10), um menu composto por pão, sopa, dois pratos, que podem ser de carne, peixe ou vegetariano, fruta, doce, limonada e café. Caso prefira espaços mais intimistas, o interior da cafetaria é o local certo. Lg. das Portas do Sol, 2, Lisboa Qua-seg 10h-17h
CENTRO CULTURAL DE BELÉM
Será dos locais mais óbvios, neste périplo pelas cafetarias dos museus da cidade, mas não podíamos deixar de passar pelo Centro Cultural de Belém (CCB). Primeiro, porque é sempre bom desfrutar da tranquilidade e da esplanada do Bar Terraço virada para o rio, seja à hora do almoço (pode optar pelo menu completo a €9,50 ou escolher entre o menu salada ou um miniprato por €5,45, sopa por €1,60 e sobremesa por €2) seja durante a tarde, acompanhado de um livro (a oferta da cafetaria é variada e inclui bolo caseiro à fatia, chás ou sumo de laranja natural). Depois, pela união improvável, mas que funciona bem, de pizas e sushi, no EsteOeste. Aberto há um ano na antiga cafetaria do CCB, a combinação resulta da aliança entre dois restaurantes o Casavostra, em Almancil, e o Sushi Café, em Lisboa. Da cozinha aberta ao olhar dos clientes saem pizas de massa estaladiça cozidas no forno a lenha, pastas, foccacias, bruchettas e crostinis, caldo de miso, gyosas, temakis, makimonos, combinados de sushi e sashimi e grelhados na chapa que se servem também ao jantar. Acresce a decoração bem conseguida e a esplanada, vizinha do Jardim das Oliveiras. Agradável e, claro, também com vista para o rio. Pç. do Império, Lisboa BAR TERRAÇO (Centro de Reuniões, Piso 3) Seg-sex 12h-20h, sáb-dom e feriados 10h-18h ESTEOESTE (Praça CCB) Ter-qui, dom 10h-23h, sex-sáb 10h-24h
MUSEU NACIONAL DO AZULEJO
Instalada no antigo Convento da Madre de Deus, a cafetaria/restaurante divide-se entre uma bonita sala com as paredes forradas a azulejos (como não podia deixar de ser) e o jardim, onde não falta um lago com tartarugas. É muito frequentada por turistas, que aqui bebem uma água ou um café podem também comer sanduíches, tostas ou bolos antes de partirem. E há quem usufrua do serviço de refeições, sentando-se na esplanada ou no interior. A carta é composta por saladas (de frango ou atum, por exemplo), crepes (como o de salmão e cogumelos), sopa e pratos do dia, que vão variando entre o entrecosto assado no forno (€8) e a salada de bacalhau (€8). R. da Madre de Deus, 4, Lisboa Ter-dom 10h-18h
FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN CENTRO DE ARTE MODERNA MUSEU GULBENKIAN CENTRO INTERPRETATIVO GONÇALO RIBEIRO TELLES
No concorrido self-service do Centro de Arte Moderna, o bufete frio ganha aos pratos do dia e aos quentes feitos ao momento. A espera na fila, por vezes longa mas despachada, é compensada pela qualidade e variedade da oferta, que pode bem deixar-nos indecisos. Servido em pratos de 4 ou 6 porções variadas (€6,50-€8,50), à escolha há saladas variadas, grão com bacalhau, favas, peixinhos da horta, pastéis de bacalhau, ovos verdes, bola de esparregado, panadinhos de peru e outros salgados. Nas bebidas, o cup de frutas sem álcool é uma boa alternativa aos sumos de cápsula e, nas sobremesas, em vez de farófias ou leite-creme, a mousse de abacate com limão e vinho do Porto é de comer e chorar por mais. Em tarde amena de primavera, sabe bem um passeio pelos jardins, cujos caminhos se cruzam com as esplanadas das cafetarias do Museu Gulbenkian (funciona também em self-service) ou do Centro Interpretativo Gonçalo Ribeiro Telles, esta a cargo do chefe de cozinha Bertílio Gomes. Entre uma sopa do dia (€1,50), sanduíches de salmão fumado e alcaparras ou um estaladiço de queijo de cabra com salada de alface (€5,90), são os gelados de alfarroba, eucalipto, queijo de figo entre outros mais tradicionais como chocolate, baunilha e morango que ganham na escolha para saborear estendido na relva. CENTRO DE ARTE MODERNA R. Dr. Nicolau de Bettencourt, Lisboa T. 21 782 2751 Ter-dom 10h-17h45, feriados só serviço de cafetaria MUSEU GULBENKIAN Av. Berna, 45. Lisboa Ter-dom 10h-18h CENTRO INTERPRETATIVO GONÇALO RIBEIRO TELLES R. Marquês Sá da Bandeira Lisboa. Ter-dom 10h-19h
MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA
As mesas e as cadeiras da esplanada da cafetaria do Museu Nacional de Arte Antiga misturam-se com os bancos de madeira, com as estátuas de pedra e, sobretudo, com o jacarandá e com a pimenteira bastarda. Neste jardim bem cuidado, com zonas ao sol e à sombra, é possível conversar com privacidade e ter uma das melhores vistas rio. Mas também podem ver-se os barcos no Tejo ou, simplesmente, trabalhar, com internet à borla. Não querendo ser indiscreto, quando a VISÃO Sete lá esteve, já era hora de almoço (menu completo €14) e os tabuleiros vizinhos tinham panadinhos de atum com fusilli. O nosso queque com sabor a frutos vermelhos (€1,60) e o café (€1) souberam muito bem. E do sossego, desse, nem se fala. R. das Janelas Verdes. Lisboa. Ter 14h-17h30, qua-dom 10h-17h30
MUSEU NACIONAL DO TEATRO
A entrada pelo Museu Nacional do Traje obriga a percorrer o Parque Monteiro-Mor até encontrar a cafetaria e o restaurante do Museu Nacional do Teatro (os museus têm entradas distintas, mas comunicam no interior). Virada para o Jardim dos Cheiros e para o roseiral, a esplanada da cafetaria está “forrada” com uma cobertura de plástico que nos protege do vento e do frio, mas também nos retira a sensação de ar livre. É lá que, a partir das 14 horas, pode tomar-se um almoço tardio, num ambiente mais tranquilo. Um arroz de pato (€8,50) sem grande sabor e uma fatia de bolo de chocolate deram para encher o estômago. E sobretudo para fazer a promessa de voltar para ver as hortas, o pomar e todos os recantos do jardim. Estr. do Lumiar, 10. Lisboa T. 21 759 9030 Ter-dom 10h-18h
FUNDAÇÃO ARPAD SZENES-VIEIRA DA SILVA
Não é pela vista que aqui se vem, apesar de o Vieira Café estar num dos jardins mais bonitos de Lisboa, o das Amoreiras. Também não é propriamente pelo espaço, uma pequena sala dentro da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, que, ainda assim, dispõe de seis mesas para dois e uma para oito pessoas. As visitas a esta cafetaria justificam-se pelo talento da chefe Teresa Frazão, 30 anos. Do prato do dia (menu completo, €9) aos brunchs de fim de semana (€7 ou €9), dos bolos e das empadas às sanduíches e às saladas, das panquecas e dos scones aos preguinhos em bolo do caco, há iguarias para todas as horas. Pena não existir esplanada, que é o que apetece nestes dias de sol. Até lá, e já que Teresa sugere “kits para levar para a praia”, podemos sempre saboreá-lo num solarengo banco de jardim. Pç. das Amoreiras, 56-58. Lisboa T.21 388 0044 Ter-dom 10h-18h
CINEMATECA PORTUGUESA
Há quem o faça quase todos os dias: depois da sessão das 15 e 30, sobe ao primeiro andar da Cinemateca e lancha. O senhor Sérgio chama-lhe o seu tea time (apesar de preferir um café). À tarde, o sossego do 39 Degraus, gerido pelo grupo Verde Alface, rivaliza, em qualidade, com as opções biológicas e vegetarianas que ali se servem (a par dos pratos, salgados e doces ditos tradicionais). O scone caseiro de tâmaras com sésamo é de prova obrigatória (€1,50). Lá dentro, onde a luz entra por grandes janelas, ou no terraço com chapéus de sol, cruzam-se apaixonados pelo cinema, estudantes e professores de Belas-Artes, empregados dos escritórios à volta. Aqui também se pode almoçar (menu €11,90), tapear e até jantar à carta, as portas estão sempre abertas para os apressados das sessões da noite. R. Barata Salgueiro, 39 1.º. Lisboa T. 21 314 0429 Seg-sáb 12h30-1h
CASA FERNANDO PESSOA
Encostado ao balcão, a beber um cálice de aguardente na Casa Abel Pereira Fonseca, lá está Fernando Pessoa. Uma fotografia de corpo inteiro do poeta, que aqui nos recebe de corpo e alma. Almoçar no Flagrante Delitro, da Casa Fernando Pessoa, em dia de visita guiada de um grupo de 30 pessoas, não é a melhor opção. Com os lugares da esplanada todos reservados e o terraço ainda por inaugurar, resta a sala interior. As opções do dia incluem massada de peixe e entrecosto saloio de Negrais, mas, como Pessoa era apreciador de caril, pedimos as gambas com a especiaria indiana. O molho estava bom, mas as gambas vinham secas. Voltar à hora do lanche, para um chá com scones ou pastéis de nata, talvez seja a melhor opção. R. Coelho da Rocha, 18, Lisboa T. 21 395 0704 Seg-sáb 10h-23h (cafetaria), 12h-15h30, 20h-22h30 (restaurante)
CASA-MUSEU AMÁLIA RODRIGUES
Lá fora, o vaivém dos autocarros que sobem e descem a Rua de S. Bento. Dentro, uma calmaria apenas interrompida pelo tagarela Chico, o papagaio de estimação da Casa-Museu Amália Rodrigues. Na cafetaria, que se prolonga pelo simpático jardim, conseguem-se momentos de sossego e uma sombra refrescante em dia de calor. Ideal para beber uma água, um sumo ou um café, acompanhado por um bolo ou um salgado. Como a cafetaria não tem cozinha, os três pratos diários, servidos apenas ao almoço (12h30-15h30), vêm do restaurante Ilha da Madeira, em Campo de Ourique. Comida tradicional a condizer com a nostalgia que se respira na casa onde morou a fadista Amália Rodrigues. R. de S. Bento, 193, Lisboa T. 21 397 1896 Ter-dom 10h-18h
MUSEU DO CHIADO
A primavera chegou e no jardim do Museu do Chiado limpam-se as estátuas. O Largo de Camões está a começar a encher, na Brasileira turistas esperam que vague uma mesa ao lado de Fernando Pessoa. Mas, aqui, na cafetaria do museu, temos paz e sossego. E isso a propósito de raridades museológicas já vai sendo difícil de encontrar no Chiado. Quem chega pede um café (€1) e uma empada (€1,50). Hoje, para almoçar, as manas Mónica e Cláudia têm sopa de feijão com couve-lombarda e bifinhos com cogumelos acompanhados de spaghetti al limone. O menu (completíssimo: sopa, prato, sobremesa, bebida e café) custa 8,5 euros. E preços destes também vão sendo difíceis de encontrar no Chiado. Rua Serpa Pinto, 4. Lisboa T. 93 456 0724/91 753 7761 Ter-dom 10h-18h
MUSEU DE SÃO ROQUE
O que há para comer tem sempre a ver com a inspiração e esta, no caso de Maria João Pinto Coelho (que explora a cafetaria do Museu de São Roque desde que saiu da Casa da Comida), tem quase sempre a ver com a estação. No dia em que a VISÃO Sete lá esteve, havia, por exemplo, rolo de carne com penne (prato do dia, entre €6 e €7), bolo de laranja e bolo de limão com mirtilos (€2). Nas paredes, há fotografias das várias épocas do museu, um segredo por revelar, aqui bem perto do Chiado e do Bairro Alto. Lá fora, no claustro da antiga Casa da Companhia de Jesus em Lisboa, bebe-se um café (€0,70). Neste fim de tarde, está-se aqui bem. Bem e resguardado da confusão. Apetece voltar no fim de semana. O brunch (€10) não tem hora marcada. Lg. Trindade Coelho, Lisboa T. 21 323 5446. Ter-qua, sex-dom 10-19h Qui 10-20h