A pediculose do couro cabeludo é uma parasitose exclusivamente humana e muito frequente, sobretudo em crianças com idade escolar.
Ao contrário do que se fala, não é transmitido pelos animais, mas sim através do contacto direto entre as pessoas e através da partilha de objetos, como, por exemplo, chapéus, toucas, escovas de cabelo, etc.
As crianças na escola convivem muito perto umas das outras e partilham com alguma facilidade os objetos pessoais. Isso facilita muito o contágio direto e permanente desta parasitose.
Como o próprio nome indica, trata-se de um parasita, que só sobrevive alimentando-se do nosso sangue. No entanto, sabemos que consegue sobreviver fora do seu hospedeiro, durante 15 a 20 horas. Após isso morre.
A partir do momento em que o parasita entra em contacto com a pele, aloja-se sobretudo na região da nuca e atrás das orelhas. É por isso que um dos primeiros sinais de infeção é a comichão intensa nestas localizações. A criança começa a coçar-se com intensidade até mesmo fazer ferida.
A propagação desta parasitose é muito fácil. As fêmeas adultas depositam cerca de dez ovos por dia na nossa cabeça e em apenas dez dias já depositaram dez ovos na nossa cabeça. Os ovos são as lêndeas que identificamos coladas ao longo dos nossos fios de cabelo.
O piolho jovem torna-se adulto em nove a 12 dias, adquirindo capacidade de se reproduzir.
Numa fase inicial (os primeiros 15 dias), a criança não sente qualquer desconforto e é por isso que esta parasitose é diagnosticada tardiamente e se propaga rapidamente em toda a área da cabeça.
O sucesso de erradicação desta parasitose consiste num tratamento eficaz e persistente. Um tratamento mal executado compromete o controlo desta patologia, não só a nível individual, mas sobretudo a nível global.
A propagação é muito fácil. As fêmeas adultas depositam cerca de dez ovos por dia na cabeça do hospedeiro. Os ovos são as lêndeas
Existem vários produtos na farmácia para eliminar o parasita. A maioria são produtos químicos mas também existem métodos mais recentes de destruição do piolho, baseados em processos físicos. Todos eles têm sido eficazes no tratamento da pediculose.
Devem ser aplicados de maneira a envolver toda a área do couro cabeludo e respeitando as indicações específicas do produto indicadas na bula. Devido ao ciclo de vida do parasita, deve repetir-se o tratamento na semana seguinte. Assim asseguramos a morte do piolho adulto e jovem.
Como tratamento coadjuvante devemos realizar a remoção manual das lêndeas, através de um pente fino. Só assim conseguimos assegurar um tratamento eficaz. Devemos realizar essa remoção manual durante, pelo menos, 15 dias.
E, assim, conseguimos ver-nos livres deste bichinho “chato”. Se todos juntos e ao mesmo tempo realizarem o tratamento, não há piolho que resista.
Desaconselhamos as ditas “mezinhas da Avó”. São esses os tratamentos que podem comprometer uma erradicação eficaz do parasita.
Se todos seguirmos estas normas, conseguimos controlar e limitar esta patologia. No entanto, a desinformação e a informação incorreta fazem com que os encarregados de educação não apliquem de forma consistente os procedimentos necessários para combater o piolho.