Com a ameaça de novo confinamento a pairar – António Costa foi, ontem, bem claro nas palavras ao dizer que podemos ter de voltar a fechar tudo, menos as escolas – Portugal regista hoje, sexta-feira, 8, o maior número de mortos em 24 horas até agora, 118 (mais 23 do que ontem), um aumento de 24,5%.
Além do recorde de mortos, registaram-se mais 10 176 novos casos de Covid-19, fazendo deste o pior dia de sempre desde o início da pandemia. Mais mortos e mais novos infetados.
O maior número de mortes diárias, até agora, tinha sido no dia 13 de dezembro, com 98 vítimas. Em comparação, o número de hoje é 20% mais alto.
Este é o terceiro dia consecutivo com números na ordem dos 10 mil infetados diários. O total dos últimos três dias é de 30 130 novos contágios.
Ainda segundo o boletim da Direção Geral da Saúde, há neste momento 98 938 doentes ativos a ser acompanhados pelas autoridades de saúde, mais 5 578 do que ontem.
A região de Lisboa e Vale do Tejo teve o valor mais elevado de novos infetados nas últimas 24 horas, 4 291; Norte com 2 969; Centro 1 963; Alentejo 433; Algarve 400; Madeira 65; Açores 55.
Quanto aos doentes internados, o número subiu para 3 451, mais 118 do que ontem e os internados em Cuidados Intensivos são agora 536, mais 22 do que na véspera.
No que diz respeito aos 118 óbitos, 44 moravam na Grande Lisboa, 34 no Norte, 26 no Centro, 9 no Alentejo, 3 no Algarve, e 2 na Madeira
Além dos números do boletim da DGS, o índice de transmissão (Rt) está a crescer rapidamente e os últimos dados indicam que a nível nacional se situa no 1,20. Ou seja, cada 10 novos casos vão dar origem a outros 12. Na altura do Natal o Rt estava abaixo de 1.
Recorde-se que o primeiro-ministro António Costa disse, ontem, que deverá apresentar já na terça-feira, 12, dia em que se realiza a reunião de peritos e políticos no auditório Infarmed, em Lisboa, novas medidas ainda mais restritivas, “tipo as de março”, como referiu, altura em que Portugal entrou em confinamento geral, sendo que, desta vez, as escolas deverão continuar abertas.