Em setembro, Lisboa terá um novo parque. Começou em fevereiro a empreitada que transformará os terrenos junto do Convento da Graça, em Lisboa, no maior parque urbano do centro histórico da capital. Orçada em 847 mil euros, a obra tem a conclusão prevista para setembro, a apenas um mês das autárquicas.
Para a Câmara, o jardim será decisivo para a qualificação do centro histórico, já que constituirá um eixo de atravessamento da cidade, aproximando da Baixa lisboeta a colina do bairro da Graça.
Com uma área equivalente a quase dois campos e meio de futebol, o jardim terá, na zona inferior, um relvado central e miradouros com vistas privilegiadas nas áreas superiores, estimando-se que, ao todo, sejam plantadas no local 178 árvores de fruto como pereiras e medronheiros. Além da instalação de um restaurante e de um parque infantil, a Câmara pretende, também, restaurar o antigo pomar do convento e reservar parte do espaço para hortas e atividades pedagógicas.
Devolver aos lisboetas o Convento da Graça e o espaço contíguo é, de resto, uma ideia antiga. Sá Fernandes, atual vereador dos espaços verdes, reclamava a abertura daquele espaço de 1,7 hectares ao público desde 2005, quando se candidatou, pela primeira vez, à autarquia.
Esteve previsto para 2009, mas o projeto só começou a ganhar forma em 2011, com a assinatura do protocolo entre o município e o Ministério da Defesa, que transferiu para a posse camarária os terrenos contíguos ao Convento da Graça, imóvel classificado como monumento nacional desde 1910 e que o Estado tinha posto à venda para instalação de um hotel.