O antigo ministro da Energia Luís Mira Amaral defendeu hoje um paragem da incorporação de energia eólica na rede, afirmando que os sobrecustos desta fonte energética representam um aeroporto da Ota, e pediu ao PSD que levante a questão.
“O Governo está já num excesso e num fundamentalismo no domínio das eólicas que não se pode aceitar”, afirmou Mira Amaral, acrescentando que “com este excesso de eólicas temos aqui um novo aeroporto da Ota”, referindo-se ao projeto da construção do novo aeroporto de Lisboa, – que acabou por ir para Alcochete – e que teria um custo estimado de cerca de três mil milhões de euros.
“Estamos a atingir o limite de eólica que seria aceitável na nossa rede (…) neste momento, com 3.500 Megawatts instalados, começa a haver evidências económicas e técnicas que estamos a atingir o limite ótimo na nossa rede. Aumentar isto significa que vamos ter aqui um aeroporto da Ota no sistema elétrico português”, acrescentou Mira Amaral, em declarações à agência Lusa, à margem do debate “Energia Nuclear. Sim ou Não?” que decorreu em Lisboa.