Comer bem e fazer desporto é fundamental para uma vida saudável mas nem só aí encontramos a resposta para o peso desejado. Estes nove factos estão cientificamente associados ao aumento de peso:
1- Comer sozinho
Um estudo de 2014 divulgado pela publicação cientifica Journal of Pediatrics e levado a cabo por investigadores da Universidade de Minnesota e de Columbia, EUA, veio afirmar que as refeições em família fazem com que aumente a tendência para comer de forma saudável. Este estudo avaliou dados ao longo de 10 anos e, entre os adolescentes que nunca comiam em família, 60% vieram a sofrer de excesso de peso nos anos seguintes e 29% de obesidade. A relação entre as duas variáveis torna-se ainda mais óbvia quando falamos de crianças e adolescentes e na prevenção da obesidade na idade adulta
2 -Ter familiares e amigos com excesso de peso
Ainda dentro do tópico do agregado familiar, e juntando o grupo de amigos e pares mais próximos, percebemos uma vez mais que as pessoas à nossa volta têm uma influência importante na forma como comemos e como ganhamos peso. Segundo um artigo cientifico de 2014, levado a cabo por Markos Pachucki da Faculdade de Medicina de Harvard, ter um irmão obeso duplica a possibilidade de vir a sofrer de obesidade (mais do que ter um pai ou uma mãe obesos) e essa probabilidade aumenta se for um irmão ou irmã mais velhos e do mesmo sexo.
Os amigos podem também ter um papel importante na equação. Num outro estudo feito em 2015 por investigadores da Universidade de Loyola em Chicago, que avaliou quase 1800 jovens em duas datas diferentes para perceber as suas evoluções, concluiu-se que uma forte e influente rede de amigos ajuda a prevenir o excesso de peso.
3 – As bactérias intestinais
A resposta à dificuldade em perder peso pode também estar no intestino. Quando entre a quantidade impressionante de microrganismos que vive nos intestinos se encontrarem bactérias da família Christensenellaceae, são boas notícias para quem quer emagrecer. Esta bactéria heriditária tem sido estudada para abrir, um dia, caminho a tratamentos probióticos personalizados de combate à obesidade. Um artigo cientifico divulgado pela Cell, uma revista sobre genética relacionou a Christensenellaceae com a redução do Índice de Massa Corporal. A falta dela, podemos concluir, dificulta a perda de peso.
4 – Os restaurantes com música clássica
Podem ser românticos e agradáveis mas perigosos para a dieta. A razão é simples: abrem o apetite. Um estudo britânico que juntou as universidades de Leicester e Surrey Roehampton veio comprovar que se consome uma maior quantidade de alimentos em restaurantes e cafés com música clássica de fundo do que nos que têm outras músicas ou não têm qualquer música.
5 – Dormir pouco
O défice de sono não é só responsável por mudanças no nosso humor mas também por alterações mais físicas. A relação entre a falta de sono e o aumento do peso está provada e a explicação reside no nosso metabolismo, que desempenha um papel fundamental na eliminação das gorduras do organismo. Dormir pouco ou não dormir fará com que precisemos de comer mais, como uma resposta fisiológica do nosso corpo que se adapta para se manter de vigia.
Além disso, uma investigação recentemente publicada no American Journal of Clinical Nutrition acrescenta ainda que dormir bem leva à redução do nosso Índice de Massa Corporal e a uma melhor alimentação.
6 – Os poluentes do ar
Substâncias como o lindano e o pesticida DDT – um dos primeiros pesticidas modernos que é bastante apreciado por ser barato e ter efeitos rápidos – são prejudiciais à saúde humana a vários níveis e foram já proibidas em alguns países. Também a nossa propensão para engordar pode ser afetada por este tipo de químicos. Segundo um estudo da Universidade de Granada publicado em 2014, que avaliou o estado clinico de 298 adultos, estes pesticidas acumulam-se no nosso tecido adiposo e favorecem o desenvolvimento da obesidade e o aumento do colesterol no sangue. Também este ano, foi lançado um estudo do Departamento de pediatria New York University School of Medicine que concluiu no mesmo sentido: os poluentes do ar provocam distúrbios metabólicos, em especial obesidade e diabetes.
7 – Ver televisão e adormecer com a televisão ligada
A caixinha mágica pode ser perigosa para a sua saúde. Segundo um artigo científico publicado no Site da Universidade de Harvard, a frequência repetida de horas a ver televisão no sofá aumenta em cerca de 23% o risco de obesidade e em 14% o risco de contrair diabetes Além disso, dormir com a televisão ligada, um pequeno prazer de muitos, pode também ter impactos no seu peso. Segundo Ahmad Agil, um investigador da Universidade de Granada que se tem dedicado ao estudo da melatonina, todo o tipo de luz artificial como lâmpadas e as luzes de ecrãs reduzem os nossos níveis de melatonina, a hormona que se liberta durante a noite e que faz com que tenhamos uma boa noite de sono. Além disso, esta hormona produzida na total ausência de luz (por isso devemos dormir na maior escuridão possível) regula os nosso ritmos cardíacos e tem um poderoso efeito antioxidante e anti-inflamatório. Estas propriedades protegem-nos, em grande medida, das alterações metabólicas bruscas que provocam obesidade e diabetes.
8 – O stress pós-traumático
Em 2014 foi publicado um estudo, que juntou as universidades de Harvard e de Columbia, segundo o qual as mulheres que passaram por uma reação de stress crónico em resposta a um trauma – ou stress pós-traumático – têm mais propensão a engordar. O estudo contou com a participação de 54 224 mulheres e que concluiu: “As mulheres que sofrem de stress pós-traumático aumentam de peso mais rapidamente e têm uma maior propensão para sofrer de obesidade do que as que não passam por esta situação”. No entanto, há uma boa notícia: o estudo também concluiu que quando os sintomas deste transtorno começam a perde-se, o risco da obesidade também se reduz.
9 – A depressão e a ansiedade
Cerca de um terço das pessoas deprimidas e ansiosas perde o apetite e peso, mas mais de metade responde a estes problemas comendo em excesso, ingerindo alimentos ricos em sal, açúcares e gorduras.
A explicação cientifica para isto reside no centro de recompensa que temos no nosso cérebro e que é ativado com este tipo de comida. A este mecanismo de resposta acresce o facto de o cortisol, a hormona responsável pelo stress, também estimular o sistema de recompensa através do qual ingerimos alimentos calóricos de forma compulsiva.
Segundo um estudo de 2007, o diagnóstico de depressão e ansiedade têm consequências para a nossa saúde. Além de aumentarem a probabilidade de inatividade física e de consumo de álcool e tabaco, aumentam também de forma significativa a tendência para a obesidade
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