Onde estava o Presidente Biden quando o FBI, pela madrugada, e com aparato cinematográfico, invadiu a propriedade de Trump, em Mar-a-Lago, para apreender documentos confidenciais, secretos e ultrassecretos, que vinham da sua passagem pela Casa Branca? Estava a dormir, ou a sua memória já é um gigantesco buraco negro?
Confirma-se, afinal, que os documentos e análises mais secretos das agências de informações dos EUA passearam-se pelas casas de campo, de férias, e antigas residências de um ex-presidente, um ex-vice, e agora presidente. É confuso, mão não há outra forma de explicar. Há um vídeo na «Fox News», que mostra Biden a estacionar o seu descapotável verde, na sua garagem, e ao fundo, no chão, atiradas para um canto, várias pastas de documentos. Se são secretos, ou «For Your Eyes Only», tipo 007, ninguém revelou, mas têm cara de despojos da sua primeira passagem pela Casa Branca, com Barack Obama.
Atrapalhado, sem saber o que dizer, o presidente americano vive na angústia permanente de todos os dias os seus advogados terem de comunicar que encontraram mais documentos classificados. Estão espalhados por todo o lado. Um género de roupa velha, que se deixa para trás. O que pensarão os homens e mulheres que todos os dias produzem essas análises para os presidentes, e mais um punhado de escolhidos? Vale a pena? Eles leem? Trump nunca, pelo que se dizia, e Biden sabe-se lá.
A Casa Branca, já agora, deveria adotar um novo protocolo para os assuntos secretos: quem leva os documentos lê em voz alta, a quem tem a aprovação para ouvir, depois mete-os na sacola, e leva-os de volta. É um sistema de escola primária, para os inquilinos da Casa Branca, e alguns no edifício Executivo, mas extraordinariamente eficaz e seguro. E a classificação passa a ser «For My Eyes Only». Que ricos segredos!
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