Num mundo acelerado, o descanso é hoje mais importante do que nunca – para a saúde, para a felicidade, até para a economia. E, ao contrário do que alguns (ainda) pensam, trabalhar mais não significa maior produtividade. Pelo contrário: os dados demonstram que a nossa eficiência baixa quando trabalhamos demais.
Precisamos de férias. É essa, em três palavras, a conclusão do artigo de capa da VISÃO desta semana. Falámos com investigadores portugueses e estrangeiros, lemos estudos científicos sobre os efeitos benéficos do repouso e visitámos empresas que dão mais tempo livre aos seus funcionários, incluindo semanas de quatro dias, com excelentes resultados (a propósito, recorde-se que Henry Ford instituiu, no início do século XX, as semanas de 40 horas e cinco dias de trabalho; cem anos depois, continuamos na mesma).
O resultado é um dossier de 12 páginas com tudo o que sempre quis saber sobre a importância do ócio. Ou melhor, com tudo o que sempre quis que o seu patrão soubesse.
Catarina, (que quer ser) a Grande
Em entrevista à VISÃO, Catarina Martins, a coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, faz um balanço destes quatro anos de Geringonça e fala dos seus planos – entre eles, impedir a todo o custo uma maioria absoluta do PS nas legislativas de 6 de outubro – para proteger “a democracia e a transparência”, diz. A líder partidária também fala sobre a possibilidade de o Bloco ir para o governo e responde ao nosso desafio: qual é a primeira coisa que lhe vem à cabeça quando ouve palavras como revolução, sonho, défice, Costa e Marcelo?
O segredo do nosso sucesso
João Félix é a mais cara transferência de sempre do futebol português, ao sair do Benfica para o Atlético de Madrid por 126 milhões de euros. Mas o jovem jogador é apenas a cereja no topo de um lucrativo bolo: os clubes portugueses têm o maior saldo com transferências do mundo, na última década, com vendas no valor de 2,67 mil milhões de euros. Contamos-lhe como chegámos a este ponto.
Sei lá onde estava quando saiu Sei Lá
O primeiro romance de Margarida Rebelo PInto – uma pedrada pop no charco de literatura portuguesa – faz 20 anos. A VISÃO fala com a autora e outros escritores, e leva-nos numa viagem a 1999, quando vivíamos na ressaca da Expo’98, Guterres era primeiro-ministro e ainda ouvíamos cassetes no rádio do carro.
E ainda…
Boris Johnson, o rei das promessas. A limpeza de Rui Rio no PSD. As confissões do chefe Vítor Sobral. O buraco de €5 milhões na Fundação “O Século”. A Geringonça falhada em Espanha. As sugestões de leituras para as férias de 12 figuras da cultura, da televisão e da política.
Verão na cidade
No tema de capa da VISÃO Se7e, damos-lhe 22 (boas) ideias para aproveitar o verão, esteja em Lisboa ou no Porto. Como o Out Jazz, o festival que leva música aos jardins de Lisboa e se estreia, em agosto, na Ribeira das Naus, ali à beira do Tejo.
Dizem eles
Algumas citações dos nossos cronistas esta semana:
“O ministro disse que a notícia sobre o carácter inflamatório das golas era irresponsável e alarmista. Recordo que a notícia tinha sido dada em primeira mão um ano antes pelo secretário de Estado. Dias depois de censurar a irresponsabilidade e o alarmismo das notícias, o ministro pediu um inquérito urgente à situação.” Ricardo Araújo Pereira
“Como em todas as situações que envolvem instrumentistas, qualquer que seja a disciplina musical, as pessoas preenchem o embaraço do vazio tocando displicentemente o seu instrumento. ” Miguel Araújo
“Vinte anos passados aí o temos nós, o homem que fugiu do pântano, com os pés na água, a chapinhar mundo fora com a menina Greta. Outra beata como ele.” José Eduardo Martins
“Por mais eficiente que possa tornar-se o SIRESP ou, com a ajuda e a solidariedade dos outros países, por mais meios aéreos que se reúnam, os incêndios vão continuar a deflagrar, porventura mais fortes e violentos. Não vamos conseguir evitá-los – apenas poderemos tentar atenuar os seus efeitos.” Rui Tavares Guedes
“Dulcinha, nunca te cases com um homem que não dê beijos na boca. A Cacilda foi a Blanche DuBois que eu conheci. Uma Blanche DuBois sem final trágico. Nem o facto de a descolonização a ter transplantado do sol de Lourenço Marques para o lado sombrio dos prédios do J. Pimenta, em Cascais, a teria impedido de viver feliz para sempre.” Dulce Maria Cardoso
Boas leituras – e melhor descanso.