Há manhãs que ficam para a História. A de 29 de outubro de 2014 há de ficar na história do velho BES e do Novo Banco – pelas piores razões. Foi nesse dia que uma estranha assembleia-geral, cuja legalidade está a ser contestada nos tribunais angolanos, levou os portugueses a perderem para Angola mais de 3 mil milhões de euros.
Desde 2013 que ouvimos que o Banco Espírito Santo Angola (BESA) tinha graves problemas na carteira de crédito e, em 2014, soubemos que tinha falido e sido rebatizado de Banco Económico – que continua a sua atividade em Angola.
Mais de quatro anos depois, a VISÃO foi atrás das provas da falência do BESA e não as encontrou. Juntaram-se tantas outras falhas, que lança agora a pergunta: e se o BES Angola, em vez de ter falido, tiver afinal sido tomado de assalto pelo regime de José Eduardo dos Santos?
Ricardo Salgado fala de um “presente a Angola”. Álvaro Sobrinho – que aproveita os ventos de mudança em Angola para, pela primeira vez, falar sem medos, em Portugal, sobre o colapso do BESA – vai mais longe e descreve “um assalto”: “Roubaram 3 mil milhões aos portugueses.”
Os resultados desta investigação, cheia de detalhes novelescos, e uma longa entrevista com o ex-presidente do BESA estão nesta edição da VISÃO.
“Com PCP e Bloco no Governo, reconhecer Guaidó seria difícil”
Estamos com a UE no Brexit, mas somos aliados da Inglaterra. Temos um plano de contingência, mas queremos que os portugueses fiquem na Venezuela. Negociamos com os chineses, mas pertencemos à NATO. Estamos bem na Geringonça, mas seria complicado coligarmo-nos. Augusto Santos Silva, número dois do Governo, deu uma entrevista aos jornalistas Filipe Luís e Octávio Lousada Oliveira e respondeu a todas as aparentes contradições. Pode ler na VISÃO e ver aqui um pequeno excerto em vídeo.
As casas da Linha
Teresa Campos e José Carlos Carvalho percorreram a nossa Riviera francesa – os 30 quilómetros que atravessam a Linha de Cascais pela beira do mar – e descobriram incríveis mansões e palacetes ao abandono. Com uma localização privilegiada daquelas, como escapam estas casas à loucura do imobiliário?
E mais:
Os elétricos e os híbridos estão a ganhar cada vez mais espaço nas estradas portuguesas, e um em cada três carros vendidos é um SUV. O jornalista Paulo Santos conta quais as novas tendências no mundo automóvel.
Doze líderes em saúde, tecnologia e ambiente explicam as suas ideias para o futuro. Um artigo da Time.
Será que Nicolás Maduro e o regime bolivariano da Venezuela vão cair? A resposta faz-se acompanhar de uma explicação sobre o que mudou na América Latina nos últimos dez anos.
O leitor é como eu, que passei dez minutos à procura da password que me permitiria entrar no sistema e enviar-vos esta newsletter? Pois se é daqueles que tem dificuldade em recordar nomes, números ou a lista de compras, contamos-lhe que há truques salvadores para se livrar desses embaraços.
E, se está a precisar de arrumar os armários, também lhe dizemos quais os mandamentos de Marie Kondo, a japonesa especialista em arrumação, autora de um best-seller e estrela da Netflix.
Médio Oriente em Lisboa
E, de repente, ou talvez não, não faltam restaurantes em Lisboa para provar a comida típica de países como o Líbano, a Síria ou a Arménia. No tema de capa da VISÃO Se7e, traçamos um roteiro pelas mesas que nos trazem os sabores do Médio Oriente, em pratos quase sempre para partilhar – do falafel à mussaca, dos rolinhos de carne picada em folha de videira à backlava. O chefe de cozinha libanês Joe Barza, do restaurante Za’atar, no Cais do Sodré, conta aqui como fazer um bom húmus e deu-nos a sua receita.
Opiniões que valem a pena:
“– E se ela for feia?
porque Eva um nome pesado, ser Eva e feia seria uma desgraça, quem neste mundo aguenta uma Eva feia e tinha razão, quem neste mundo aguenta uma Eva parva e tinha razão, embora não acreditasse que, de mim, nascessem mulheres feias ou parvas, os meus cromossomas não são feios nem parvos” – António Lobo Antunes
“Estou a viver à antiga, como se fosse 2003. Se um amigo faz anos, dou-lhe os parabéns com a boca, artesanalmente. Eu falo, os sons propagam-se no ar, e ele ouve” – Ricardo Araújo Pereira
“Não tenhamos dúvidas. A versão que hoje trazemos a público (…) relata um golpe palaciano para espoliar um banco português em Angola. Pequeno detalhe: um banco de um grupo que faliu, que deixou mais de quatro mil pessoas sem as suas poupanças e no qual, todos nós, os portugueses, já metemos mais de 5 mil milhões de euros” – Mafalda Anjos
“Ao Freddie Mercury bastaria cantar como canta e domar uma multidão como só ele fazia para granjear para si um lugar no panteão” – Miguel Araújo
Boas leituras. E enquanto a próxima edição não chega, não deixe de nos acompanhar, diariamente, no site da VISÃO. Fique com estas sugestões:
Violência doméstica: porque falha o sistema?
Dez vítimas já contabilizadas este ano e a explicação parece ser simples demais: não estamos a ser capazes de cumprir a lei porque, um pouco por todo o lado, da polícia aos magistrados e aos profissionais de saúde, o grau de risco continua a ser desvalorizado
Veterinários municipais acreditam que nova lei põe em perigo a saúde pública
Especialistas do setor põem em causa a transição de poderes das inspeções sanitárias para as câmaras, pondo eventualmente em risco a segurança alimentar
“Há Estados-membros onde as meninas não podem sair de casa durante o seu período”
Há duas semanas, Marisa Matias apresentou e viu ser aprovado um relatório sobre igualdade de género nas políticas fiscais da União Europeia, que propõe, entre outras medidas, a redução do IVA sobre produtos de higiene feminina
Arroz com todos
Como, de repente, numa só receita, Portugal fica mais perto da Ásia. A segunda crónica de Kiko Martins na VISÃO
Leucemia mieloide crónica: o nome pode assustar, mas já é possível viver mais e melhor
Há 15 anos, a esperança média de vida em doentes com leucemia mieloide crónica era entre três e quatro anos, mas hoje é possível viver com a doença tanto tempo como um adulto que não a tenha. O diagnóstico precoce e a toma correta da medicação são pontos essenciais para os resultados de sucesso do tratamento desta doença. E, em muitos casos, já não é preciso quimioterapia