Elon Musk comprou 9,2% daquela que é a sua rede social preferida – o Twitter –, tornando-se no maior acionista da tecnológica norte-americana. A notícia foi avançada pela Bloomberg, que avalia a participação de Musk no Twitter em 2,6 mil milhões de dólares (cerca de 2,3 mil milhões de euros ao câmbio atual), considerando o preço das ações da empresa no fecho de mercado na sexta-feira passada.
Segundo a informação que é pública, a comunicação do investimento às entidades reguladoras norte-americanas aconteceu a 14 de março. A tipologia de investimento feita, segundo a Bloomberg, afasta para já a ideia de que Elon Musk poderá estar a planear uma aquisição hostil da rede social ou de que esteja a tentar ganhar posição para influenciar quem lidera a empresa.
O diretor executivo da Tesla e da SpaceX é um dos mais importantes e reconhecidos utilizadores do Twitter, sendo a plataforma de eleição para comunicar não só com outros utilizadores, mas também para fazer anúncios das diversas empresas que lidera.
No entanto, com mais de 80 milhões de seguidores, Elon Musk também é um conhecido crítico à forma de atuação do Twitter – já reprovou publicamente a funcionalidade que substitui a imagem de perfil por um token não fungível (NFT na sigla em inglês) e, mais recentemente, questionou os seus seguidores sobre se o Twitter respeita integralmente o direito à liberdade de expressão.
A notícia do investimento surge poucos dias depois (mas na prática foi feito várias semanas antes) de Elon Musk ter dado a entender que estava “seriamente” a pensar criar uma rede social que desse maior liberdade de expressão aos seus utilizadores.
Atualmente o Twitter é liderado por Parag Agrawal, que assumiu o cargo de diretor executivo da empresa em novembro do ano passado, depois do cofundador Jack Dorsey ter anunciado a saída da tecnológica.