Foi o ano de todos os recordes nas exportações. As vendas de bens portugueses ao exterior totalizaram €78 326 milhões, em 2022, um novo máximo histórico, segundo os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE). Do têxtil ao metal, da indústria automóvel aos produtos agrícolas, passando pelo mobiliário, foram vários os setores que superaram as expectativas e registaram máximos no valor dos bens escoados nos mercados externos. O ritmo foi tão intenso que Portugal chegou alguns anos antes do previsto à fasquia de ter um valor de exportações, de bens e de serviços, equivalente a 50% do Produto Interno Bruto (PIB). O ministro da Economia, António Costa Silva, revelou recentemente que essa meta foi superada, em 2022.
Apesar do simbolismo desse marco, há fraquezas estruturais que precisam de ser resolvidas, como o aparente paradoxo de se ter de importar cada vez mais para se ter combustível a alimentar as exportações nacionais. Ainda assim, e mesmo com esse elefante na sala, a evolução das vendas de bens em mercados externos é um forte indício de que as empresas portuguesas têm tido sucesso a reforçar a presença em alguns dos mercados mais competitivos do mundo e a desbravar oportunidades em novas geografias. Só na última década, o da venda de produtos para fora de portas aumentou 65,6%. Em 2022, face ao ano anterior – que ainda teve alguns constrangimentos relacionados com a pandemia –, a melhoria foi de 23%. A EXAME dá-lhe a conhecer os mercados para os quais as empresas portuguesas apresentam um maior aumento em volume e analisa também os países – com um mínimo de compras de bens portugueses no valor de €100 milhões – para os quais as exportações portuguesas de bens mais aceleraram em termos relativos.