Depois da jovialidade dos Selection e da profundidade dos Balck Edition, a Quinta do Pôpa apresentou recentemente a nova referência Reserve, que entra num patamar de média gama, e que se estreia com dois novos vinhos: um branco de 2021 e um tinto de 2020.
O branco, composto por um blend de Verdelho, Cerceal-Branco, Folgasão, Viosinho, Gouveio e Rabigato, de vinhas em altitudes entre os 50 e os 550 metros, é uma opção muito equilibrada, com alguma estrutura ainda que não o tenhamos achado particularmente gastronómico. Acompanha lindamente pratos mais leves como massas, ou mariscos e, para quem não acredita que tudo o que é carne tenha que ser acompanhado por vinho tinto, pode arriscar as carnes brancas.
É um vinho com uma acidez elevada, um final longo e persistente, mas bastante menos presente na boca do que no nariz – onde se destacam alguns aromas florais. No mercado por €11,50, é um vinho ótimo para levar para um jantar sem passar qualquer vergonha e que vai agradar a comensais adeptos de vários perfis de vinhos, por ser um vinho bastante consensual.
Do mesmo modo, o Reserve Tinto 2020 parece ser uma aposta segura para quem gosta de vinhos elegantes e com alguma presença. Com muitos aromas de frutos vermelhos frescos e algum aroma terciário de menta, é um vinho particularmente fresco e que apresenta muita exuberância ainda – aconselhamos decantar, processo ao fim do qual se torna mais redondo, com os taninos a perder persistência e a madeira a dar-lhe algum corpo e interesse. Um blend de Touriga Franca, Touriga Nacional, Rinta Roriz e Tinto Cão, de uvas proveninentes de vinhas com mais de 40 anos. Parece-nos claramente um vinho que estará muitíssimo interessante daqui a uns cinco anos, tendo potencial de envelhecimento sem perder o vigor e a frescura.
A Quinta do Pôpa, atualmente com a enologia sob responsabilidade de Carlos Raposo e Carina Roxo Baia, conta ainda com as suas referências Selection – entradas de gama, de rótulo branco. São vinhos simples e descomplicados, de efetiva entrada de gama – e a gama Black Edition, que sob rótulos pretos guarda um vinho branco e um vinho tinto. Este último, colheita de 2019, destaca-se pela cor vermelho rubi, ainda a demonstrar muita juventude e super exuberante no nariz. Um vinho que é perfeitamente equilibrado, com um final longo e redondo e uma acidez muito interessante a contrastar com as notas de madeira que, apesar de muito intensas no nariz, acabam por se esbater (e ainda bem) na boca.
Ambos os Black Edition custam €14,95, mas ninguém se aborreceria se pedissem por eles mais do que isso.
O branco, do mesmo ano, é profundamente aromático com notas de flores, frutos brancos, baunilha e algum mel, garantindo na boca um final médio muito agradável. É um vinho bastante gastronómico, cremoso e bem estruturado.
Ambos os Black Edition custam €14,95, mas ninguém se aborreceria se pedissem por eles mais do que isso.
A Quinta do Pôpa tem ainda no seu portefólio a gama Dare to Dream, com os Amphora branco e tinto e um Curtimenta branco; a gama Vinhos de Parcela, que conta com quatro monocastas: Tinta-Roriz, Touriga-Franca, Touriga-Nacional e Vinhas Velhas. Num patamar de maior exclusividade, a gama Vinhos de Homenagem junta quatro vinhos ao portefólio: PaPo tinto, Pôpa Vinho Doce tinto, Quinta do Pôpa Homenagem e Quinta do Pôpa Porto Vintage. “São vinhos que, como o nome da gama indica, homenageiam pessoas: Luís Pato, amigo da família e o primeiro enólogo da Quinta do Pôpa; as mulheres da família; Francisco Ferreira, o avô Pôpa; e José Ferreira, o pai Pôpa”, explica fonte oficial da empresa em comunicado.