No futebol, quando uma equipa sofre uma pressão intensa, costuma dizer-se que está a ser atropelada por um rolo compressor. E com a pandemia foi isso que aconteceu às contas dos clubes. Num dossiê de 18 páginas que dá capa à EXAME deste mês, o jornalista Nuno Aguiar faz a conta aos estragos que a Covid-19 causou também nesta indústria de milhões que terá de se reinventar para sobreviver financeiramente a esta crise.
Domingos Soares de Oliveira e Francisco Zenha revelaram qual será a tática seguida pelo Benfica e pelo Sporting para fintarem a pressão financeira provocada pela pandemia. O trabalho conta ainda com a análise de economistas e consultores especializados em desporto sobre qual o futuro da indústria e quais as opções que os clubes deverão seguir, algo que é especialmente relevante para os emblemas nacionais que aparentam estar em situação mais frágil do que os clubes das grandes ligas europeias. Este dossiê tem ainda um bónus: uma análise estatística à forma como a Covid-19 mudou o jogo.
Nesta edição pode ainda ler uma grande entrevista feita pela jornalista Margarida Vaqueiro Lopes a James Heckman, vencedor do Nobel da Economia em 2000. Um dos temas da conversa foi o impacto da pandemia. “Acho que a economia pode tolerar este vírus”, considera o professor da Universidade de Chicago. Isto, ressalva, “se formos espertos”. A entrevista é uma oportunidade para refletir sobre outros temas como a desigualdade, a situação política nos EUA e o movimento Black Lives Matter.
E, afinal, qual o verdadeiro poder do Banco de Portugal? Mário Centeno, o novo governador, defendeu que a instituição necessita de ter uma palavra a dizer sobre as políticas nacionais e que não pode ser uma entidade isolada das estratégias do País. Isto apesar de as grandes decisões serem tomadas cada vez mais em Frankfurt. O jornalista Paulo Zacarias Gomes analisa o que pode ou não o Banco de Portugal fazer e até onde pode ir a influência do supervisor num trabalho que conta com as reflexões de Ricardo Reis, Bagão Félix e António Nogueira Leite sobre o papel que o banco central pode e deve desempenhar.
Após o longo Conselho Europeu em que se chegou a um acordo difícil sobre o plano de recuperação da economia, Bernardo Pires de Lima analisa o desenlace do encontro e reflete sobre o “hiper-pragmatismo” dos líderes da UE em relação às violações do Estado de direito na Hungria e Polónia.
Outros temas, como as perspetivas para o mercado publicitário (numa entrevista a Pedro Baltazar, da Nova Expressão), a meritocracia nas empresas, sugestões de leitura e as novidades no mundo automóvel pode ser lidas nesta edição de agosto. Além disso, pode ainda contar com a opinião informada e esclarecida dos nossos colunistas. A nova edição está já nas bancas e disponível também através de assinatura, em formato papel ou digital, subscrevendo neste link.
Boas leituras e, se for o caso, boas férias.