São mais de 800 participantes, entre presidentes executivos de grandes empresas mundiais, políticos, empreendedores e ativistas de 70 países que se reúnem nos próximos quatro dias em Cascais. No total, representam – contas da autarquia – “mais do que um PIB português.” E o impacto do Horasis Global Meeting não se fica apenas pelo alojamento.
“Nas últimas quatro edições, houve alguns participantes que compraram casa em Cascais. O que tem um grande impacto na nossa economia.” A afirmação é de Miguel Pinto Luz, o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, que esta sexta-feira, 5 de abril, apresentou em Lisboa a edição de 2019 do Horasis Global Meeting, que decorre a partir deste sábado até dia 9 de abril, a próxima terça-feira.
Além dos €1,2 milhões que estima que sejam injetados na hotelaria local por estes dias, o autarca espera que o encontro ajude a projetar a cidade a nível internacional como ponto de encontro de culturas e sensibilidades diferentes. Este ano, vão procurar ali respostas para a globalização, numa altura em que pairam sobre a esfera mundial incertezas como o Brexit ou as guerras comerciais, além de tensões geopolíticas com a Coreia do Norte e o Irão, o populismo ou os sinais de abrandamento de algumas das principais economias internacionais.
Entre os participantes das sessões que se vão prolongar durante todo o dia e terminarão pelas 23:00 estarão o ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso (atual chairman da Goldman Sachs International) ou o ex-primeiro ministro finlandês Esko Aho. Os quatro dias de conferências decorrem no Estoril, entre o Hotel Palácio, o Centro de Congressos e o Casino.
“É uma parceria muito feliz em que dezenas de CEO vão debater formas de reposicionar a globalização. Cascais é um local de diálogo global,” descreveu Frank-Jürgen Richter, durante a apresentação do evento que se realiza no concelho pelo terceiro ano consecutivo. O chairman da Horasis, comunidade internacional focada no crescimento sustentável, sublinhou também a presença de 20 presidentes executivos de empresas chinesas, uma das principais origens de investimento externo em Portugal nos últimos anos.
O Governo apoia a iniciativa – está em peso entre os oradores, com ministros como Ana Paula Vitorino, João Pedro Matos Fernandes, Graça Fonseca, Siza Vieira ou Vieira da Silva – e são esperados mais 30 representantes de governos internacionais, além de dois chefes de Estado.