Portugal subiu dez lugares num ano no Índice de Liberdade Económica, o guia anual produzido pelo think-tank conservador norte-americano Heritage Foundation. Este ano o índice coloca o País no 62.º lugar (moderadamente livre), contra o 72.º em 2018, destacando uma melhoria na saúde orçamental.
Segundo aquele guia, Portugal registou 65,3 pontos na avaliação (mais 1,9 pontos que em 2018), um máximo de quatro anos que coincide com o valor obtido em 2015. A avaliação recai sobre 12 categorias de liberdade agrupadas em áreas como o Estado de Direito, tamanho do governo, eficiência regulatória e abertura dos mercados.
O índice concluiu que em Portugal a regulamentação é eficiente e a criação de empresas simples, mas que o despedimento e o uso de contratos temporários continuam a ser caros, e que há empresas estatais com operação continuamente “ineficiente.” “O país continua a lutar com a corrupção e as salvaguardas legais para combatê-la parecem ser ineficazes,” diagnostica ainda.
Acima da média mundial, Portugal sobressai em liberdades como direitos de propriedade, integridade de governo, liberdade de comércio, financeira e de negócios. As liberdades associadas ao trabalho, gastos públicos e encargos com impostos são consideradas como estando abaixo dessa média.
A nível europeu o País continua situado acima de pares como Itália e França e é considerado o 30.º com maior liberdade económica, entre 44 considerados pelo índice.
A lista que analisa um total de 180 países/territórios coloca Hong Kong, Singapura e Nova Zelândia como as geografias mais livres em termos económicos, enquanto a tabela é encerrada por Cuba, Venezuela e Coreia do Norte.
O índice é produzido desde 1995 e desde então o País atingiu o valor mais elevado neste ranking em 2001, com 66 pontos. Em português, o guia foi lançado numa parceria entre a Heritage e o brasileiro Instituto Monte Castelo.