Marco Costa, presidente da Critical Software, entrou na empresa através do INOV Contact – programa de estágios internacionais para jovens quadros que o levou até à subsidiaria da empresa na Califórnia. No currículo do jovem presidente da empresa especializada na produção de software para sistemas de informação críticos, este facto pode não passar de um pormenor, mas Vital Morgado, administrador executivo da AICEP apresentou a história como exemplar do potencial do INOV Contact, que levou 300 jovens a dezenas de países.
“O futuro da internacionalização passa pela juventude”, defendeu Vital Morgado na conferência “As empresas e o futuro”, competitividade e empreendedorismo”, que hoje decorreu no Teatro Aveirense, em Aveiro, numa iniciativa conjunta da revista Exame e do Banco Popular.
Presente na conferência, Marco Costa falou da experiência internacional da sua empresa, com subsidiárias em vários países, sublinhando a importância de estar presente nos diferentes mercados para conquistar a confiança de clientes como a Nasa.
Já na Siroco, a estratégia no domínio da automação industrial passa por acompanhar os clientes, mas mantendo sempre, apenas, uma base de produção nacional. “Trabalhamos com grupos internacionais que abrem fábricas em diferentes países e vêm ter connosco, mas continuamos a produzir em Portugal”, referiu a administradora Kathy Fhest, sublinhando que a competitividade da sua empresa passa por “acrescentar valor ao produto”.
As patentes de Aveiro
Mário Pais de Sousa, presidente da Cabelte, destacou a importância das parcerias para trabalhar nos diferentes mercados e referiu a importância de uma empresa ter algum músculo antes de arriscar a aventura internacional. No caso da Cabelte, foi preciso trabalhar e investir durante três anos na Líbia, por exemplo, mas hoje “a empresa tem aqui o seu maior mercado”, disse.
António Castro Henriques, presidente da Soares da Costa e Keynote Speaker da conferência, sublinhou precisamente que cada empresa pode ter uma receita própria para se internacionalizar, de acordo com as suas competências e vantagens competitivas. Mas escolher a via da “expansão internacional, só com a ideia de procurar outro mercado, porque aqui não dá, produz resultados modestos”, alertou.
Carlos Pascoal Neto, vice reitor da Universidade de Aveiro, destacou a importância da inovação e da ligação da Universidade ao mundo empresarial. Um dos indicadores será o número de patentes criadas: “neste momento temos no portfólio 180 patentes e 30 processos de licenciamento”, disse.