Demorou 20 dias, mas as chaves da horta já cá cantam!
Quarta-feira passada recebi um e-mail da coordenadora do Grupo de Trabalho para a Promoção da Agricultura Urbana na Cidade de Lisboa a convocar-me – a mim e aos outros 30 hortelões – para ir aos Paços do Concelho a partir das quatro da tarde. O encontro, dizia ela no e-mail, era para escolher o talhão, assinar uma declaração de precariedade e pagar o aluguer da terra por um ano.
Quando cheguei ao edifício da CML, bem perto das quatro, percebi que havia vizinhos meus que tinham chegado às dez da manhã e que todos se tinham atribuído um número, conforme a respetiva ordem de chegada. Eu, pelos vistos, já era o 17!
A Joana chegou mais tarde, mas ainda conseguimos subir as duas para escolher o melhor (e menor) pedacito de terra que estava disponível.
O parque hortícola está divido em duas zonas, o que tornou a escolha mais complicada.
Acabámos por ficar com uma horta de 80 metros quadrados (as maiores têm 145 m2), na zona mais resguardada e também mais partilhada. Pagámos 122,4 euros, porque a taxa é de € 1,60 por metro quadrado, mais vinte euros, “a título de comparticipação pelos custos suportados pela CML com o funcionamento e manutenção das partes comuns do Parque Hortícola”, dizem eles. Saímos dali e fomos comemorar para uma esplanada no Terreiro do Paço.