Há um ano, no dia 8 de janeiro – data do seu aniversário – lançava Blackstar. Dois dias depois, acordávamos com a notícia da sua morte. David Bowie, 69 anos, nome maior da cultura pop/rock, guardou na intimidade o cancro no fígado que o consumia e fez a sua despedida numa música (e num teledisco), que ninguém soube ler e ver. Lazarus era afinal um adeus de um homem que sabia que ia morrer.
Nos dias seguintes, muito se escreveu nos jornais e na internet, organizaram-se concertos e festas, pelo mundo e por cá. Em Lisboa, o Roterdão Club foi dos primeiros a anunciar uma noite de homenagem – a que se seguiu, dois dias depois, uma matinée de domingo memorável no Lux Frágil. Agora, e para assinalar a data de aniversário de David Bowie – completaria 70 anos no dia 8 –, o bar-discoteca no Cais do Sodré faz nova festa este sábado, 7, a partir das 22 e 30. Não se exige dress code à entrada, mas os mais audazes podem bem aparecer vestidos de Ziggy Stardust ou Major Tom, duas das muitas personagens que o músico construiu ao longo da carreira.
Se “camaleão” foi o mais fácil dos adjetivos usado nos obituários, David Bowie era bem mais do que alguém que “mudava”. As Cha-cha changes como ele tão bem cantou em tempos. As palavras são todas de Nuno Galopim, escritas no texto sobre a morte do artista britânico, publicado na revista online Máquina de Escrever. O jornalista, radialista e crítico musical conduz a conversa marcada para este domingo, 8, no Centro Cultural de Belém, a partir das 17 horas, e que conta com a participação do crítico de cinema João Lopes, da cantora Xana (Rádio Macau) e do editor discográfico David Ferreira. A sessão, que celebra as memórias e o legado musical de Bowie, incluirá ainda versões de temas apresentadas ao vivo por David Fonseca e a projeção de excertos de filmes em que Bowie participou.
Bowie’s Birthday > Roterdão Club > R. Nova do Carvalho, 28-30, Lisboa > 7 jan, sáb 22h30
Bowie: 70 > Centro Cultural de Belém > Pç. do Império, Lisboa > T. 21 3 > 8 jan, dom 17h > €7,50-€10