Na decoração bonita e sóbria das salas, poderá estar a explicação para a inibição dos comensais. Como forma de a vencer, Eurico Peixoto, o proprietário da Meat Smokehouse, já ponderou a hipótese de colocar uma ilustração com alguém a comer uma asinha de frango com as mãos. Era essa a descontração que imaginava para o seu primeiro restaurante, aberto em junho de 2016, num edifício antigo do centro de Guimarães, especializado no típico barbecue americano. Carnes (sobretudo, porco) cozinhadas muito lentamente, com o lume indireto das achas de árvores de fruto, a dar-lhes um ligeiro sabor a fumado. E que facilmente se soltam dos ossos e se desfazem em pedaços, de tão tenras.
Eurico sempre pensou investir o dinheiro amealhado durante a carreira como jogador de voleibol (inclusive, no Vitória Sport Clube, onde conheceu a mulher, vimaranense) num negócio próprio. Depois de tirar o curso de cozinha na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto, decidiu que não faria sentido abrir mais um restaurante de gastronomia tradicional portuguesa em Guimarães. “Viajei muito enquanto desportista e tive oportunidade de experimentar coisas diferentes”, conta. As propostas simples e saborosas de um barbecue eram do seu agrado. E, de facto, “a ementa passa muito por aquilo de que eu gosto”, confessa.
A saber: nas entradas, as asinhas de frango ou o queijo de cabra panado com mel (€3,50 e €4); nos pratos principais, o cachaço (€7), as costelinhas com molho agridoce (€7,50), a barriga de porco (€7) e o pernil (€15), com direito a dois acompanhamentos (rodam entre a batata frita caseira à rodela, a salada de couve, a massa com caril, a feijoada e o arroz de cogumelos); e, nas sobremesas, todas caseiras, a tarte de oreo e lima, o cheesecake feito no forno ou a bavaroise de morango (€4). Sugestões que têm mesmo feito os clientes lamber os dedos, sem inibições.
Meat Smokehouse > Al. S. Dâmaso, 107-111, Guimarães > T. 253 138 831 > ter 19h-23h, qua-dom 12h30-15h, 19h-23h