Um nível elevado de esforço com pouca recompensa ou, pelo contrário, muita recompensa mas com uma elevada sobrecarga de trabalho são combinações perigosas, propícias ao stress biológico.
Uma equipa da Universidade de Tecnologia de Eindhover, na Holanda, liderada por Leander van der Meij, concluiu que estes cocktails de fatores estão relacionados com um aumento da concentração de cortisol capilar (HCC) em situações profissionais que impliquem uma grande carga de trabalho.
O cortisol, a hormona do stress, põe o corpo em alerta, aumentando os níveis de açúcar e tornando a digestão mais lenta, por exemplo, o que, se por um lado, facilita as respostas a situações que impliquem reações rápidas, por outro, quando o stress é crónico, pode levar a vários problemas de saúde, incluindo uma maior vulnerabilidade a infeções e diabetes.
A equipa analisou amostras de cabelo de 172 participantes, a partir das quais é possível detetar o nível de cortisol e focou-se em duas ideias: A independência que uma pessoa tem e o apoio dos colegas e superiores e o esforço versus recompensa.
Dos voluntários, 91 tinham um trabalho regular durante o dia, enquanto os outros 81 somavam ao trabalho diurno uma atividade académica, como um MBA, o que os colocava na posição de trabalhar durante mais horas e ter mais que fazer. Os investigadores chegaram então ao modelo Esforço vs Recompensa, mas concluiram que só é aplicável aos que têm cargas de trabalho muito elevadas e durante muitas horas.