Quem trai no amor raramente é apanhado em flagrante. Isto porque a maior parte dos parceiros infiéis tem o cuidado de não deixar pistas que possam ser seguidas pelo outro.
No entanto, há sempre coisas que inconscientemente acabam por transparecer, nomeadamente no comportamento do “traidor”.
Existem pelo menos 5 sinais escondidos que deve ter em atenção, se suspeita que o seu parceiro o está a trair, relata Yvonne Filler dona da The Affair Clinic, em Londres, ao Independent.
Interessam-se mais por sexo
Ao contrário do expectável, que seria a perda de interesse sexual no parceiro, a realidade assistida no mundo do adultério é a oposta.
“Percebemos que muitos dos nossos clientes se tornam excessivamente afetuosos com os seus parceiros quando estão a ‘jogar por fora'”, diz Filler.
Tal comportamento deve-se à combinação da culpa sentida com o aumento do desejo sexual consequente do novo caso amoroso, explica a especialista.
Deixam de usar serviços online partilhados
Seria de esperar que um parceiro infiel passasse horas agarrado ao telemóvel e às redes sociais, para falar com a “terceira pessoa”. Mas não é esse o caso.
“Sem dúvida, a tecnologia tornou a existência de casos amorosos mais fácil“, diz Filler. No entanto, através da tecnologia atual “é muito mais fácil rastrear os movimentos do parceiro, e as fotos são facilmente partilháveis”.
A especialista afirma que, muitas vezes, a tecnologia contribui para o desvendar de casos amorosos: às vezes o histórico do GPS pode não ir propriamente ao encontro do “passeio pelo parque” descrito pelo parceiro.
O tempo passado nas redes sociais, onde o parceiro tem presença, também diminui, reporta Filler.
Falam mais do que é costume
Este é mais um assunto contraditório. Um parceiro infiel vai demonstrar-se mais interessado nos assuntos do outro, em vez de o ignorar com mais frequência, como seria de esperar.
Filler descreve a sensação como um “excesso de interesse” que pode ser repentino.
“Eles querem saber tudo o que tem feito em grande detalhe. Quanto mais você fala, menos ele tem de falar. Quanto menos ele falar, menor é a hipótese de (a verdade) ‘escorregar'”, explica.
Ao demonstrar interesse pelo parceiro, mesmo que seja fingido, o adúltero consegue manter-se dentro do casamento.
A especialista afirma que existe a possibilidade de um parceiro infiel começar também a falar sobre assuntos pelos que nunca antes demonstrou interesse, que podem ir desde um desporto que nunca gostou até a discussões sobre a influência da batata na sociedade pós-guerra.
Fazem coisas fora da rotina diária normal
As “viagens de trabalho” e as “horas extra no escritório” já foram indicadores cliché de casos extramaritais. Mas com a crescente flexibilidade dos horários e locais de trabalho atuais, o mesmo já não pode ser dito.
Esta flexibilidade contribui também para que seja mais difícil detetar mudanças na rotina, explica Filler.
“Uma das nossas clientes deste ano começou a suspeitar quando o seu marido ficou estranhamente interessado em levar os filhos à escola, algo que ele arranjava desculpas para não fazer há anos”, diz.
“Somem isto ao desejo acrescido de trabalhar em casa (especialmente quando a mulher não estava) – ela não ficou surpresa quando descobriu que ele estava a ter um caso com uma outra mãe da escola”, conta a especialista.
Não se comprometem financeiramente com planos de longo prazo
“Um casal que seguimos durante alguns meses explicou que o caso foi suspeitado quando o homem começou a inventar desculpas para não discutir planos futuros”, explica a especialista amorosa.
Se o seu parceiro for também renitente em discutir o futuro, principalmente assuntos que envolvam dinheiro, tome atenção.
“A mulher dele descobriu que ele se recusava a comprometer com as coisas grandes, como as obras em casa, mas que também não queria pagar as férias adiantadas”, remata Filler.
Se o seu parceiro faz alguma destas cinco coisas – ou mesmo as cinco ao mesmo tempo – comece a suspeitar de algo. Ou então perca o medo e confronte-o com aquilo que acha. Até pode ser uma ideia tanto ou quanto falível, mas não há nada –em princípio – que uma conversa esclarecedora não resolva.