Letras

Juan Vicente Piqueras, Caçador de instantes

O tom é elegíaco e melancólico, por vezes triste e sombrio, mas na justa medida em que, por contraste, também se afirma lúdico, divertido e alegre. Em O Quarto Vazio, o poeta espanhol Juan Vicente Piqueras assinala a fugacidade da condição humana e algumas perdas recentes, apenas para celebrar o milagre de estar vivo e as oportunidades que se abrem a todo o momento. Assume-se, por isso, como um “caçador de instantes” e das pequenas surpresas do dia-a-dia.

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Artur Jorge: o exercício físico da poesia

Republicamos aqui uma entrevista feita por Clara Ferreira Alves a Artur Jorge, no JL 53, de 1983, a propósito do lançamento do seu primeiro livro de poesia, Vértice da Água

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J. L. Barreto Guimarães, Poesia para médicos

Desde há três anos que o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar inclui no seu currículo a disciplina de Poesia. O seu regente é o poeta e médico João Luís Barreto Guimarães e as suas aulas foram recentemente notícia no Guardian. O JL quis saber mais.

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Poesia e estranheza

Os dois livros aqui considerados – Não Desfazendo, de Rita Taborda Duarte, Habeas Corpus, de José Rui Teixeira -, justificam que se fale em estranheza, e ainda bem

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O Memorial da Revolução de Hugo Gonçalves

Em Revolução, um leque extensíssimo de sentimentos e emoções humanas são encarnadas nas múltiplas personagens

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O caso entre Eça e o Parlamento, e viceversa

O Supremo Tribunal Administrativo decidiu, por unanimidade, a 25 de janeiro, recusar provimento ao recurso de seis dos 21 bisnetos de Eça de Queirós que pretendiam impedir a ida do corpo do escritor (que esteve marcada para 23 de setembro último) para o Panteão Nacional – homenagem decidida, também por unanimidade, pela Assembleia da República. Assim se encerrou um processo desencadeado pela atitude daqueles bisnetos (minoritários...), esperando-se agora a marcação de nova data para a cerimónia. Neste texto, o autor, presidente da Assembleia da República – ex ministro da Educação, da Cultura, da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, sociólogo, prof. catedrático da Fac. de Economia da Un. do Porto – escreve sobre o “caso” e, mais, sobre o enorme romancista

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Os fantasmas da Guerra Civil do Sri Lanka

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Filomena Marona Beja: Uma voz singular da literatura portuguesa

O património literário e humano que FMB nos deixa é um exemplo maior de denúncia das injustiças sociais e constitui um grito vivo de defesa dos ideais de liberdade e de solidariedade, pelos quais sempre lutou e que abnegadamente defendeu

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Amigo Carmelo

Nas páginas deste seu romance, não consigo deixar de ler o quanto tudo o que nos rodeia é passageiro”

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Autobiografia de Filomena Marona Beja

Autora de uma obra singular, distinguida com o Grande Prémio de Romance e Novela da APE (por "A Cova do Lagarto") e Prémio Literatura DST (por "A Sopa"), Filomena Marona Beja morreu no passado fim-de-semana, aos 79 anos. Aqui a recordamos publicando a sua autobiografia, escrita para a edição do JL 988, de 13 de agosto de 2008

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Urbano: que é feito dele entre nós?

João de Melo escreve sobre Urbano Tavares Rodrigues, a propósito do centenário do nascimento do escritot

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Entrevista com Joaquim Arena, Prémio Oceanos

Tributo a Sena e Camões
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Vitor Aguiar e Silva, o mestre completo

Em 2020 o Prémio Camões foi atribuído a Vitor Aguiar e Silva – mas, por causa das restrições impostas pela Covid 19, não lhe foi então entregue. Nem, posteriormente, tendo entretanto, o prestigioso ensaísta e prof. falecido a 12 de setembro de 2022, com 83 anos. Essa entrega, à família, pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, ocorreu no passado dia 25 de novembro, no encerramento de um colóquio sobre a sua obra, em Braga, na Universidade do Minho, da qual durante 12 anos o premiado foi vice-reitor. Mantendo, porém, ininterruptamente, a atividade letiva, no Instituto de Letras e Ciências Humanas”, e “sendo do magistério universitário que nasce a sua obra para se projetar além dessas paredes, numa significação maior, de largo voo” – como salientou, a iniciar a sua intervenção, o seu colega, também reconhecido ensaísta e nosso colaborador, que falou em nome do júri que outorgou o prémio. E é o texto dessa intervenção que a seguir se publica

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BD: Dores

Quando se fala em banda desenhada há (pelo menos) dois grandes “mundos” que se cruzam, o dos adeptos (subdivididos em várias “tribos” informais) que (tentam) monitorizar e comentar tudo o que se publica e não publica, e o dos leitores ocasionais, que se entusiasmam com um ou outro título. Poderia ser o caso de “O mangusto” de Joana Mosi (A Seita/ComicHeart), um dos livros de 2023, que merece chegar muito além do público estrito da BD.

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Sobre livros e leitura

Podemos interpretar uma pintura ou uma música durante ou após o processo de fruição, mas o objeto artístico é-nos oferecido sensivelmente e de uma forma completa na sua existência física. O livro não. Sem leitura não existe

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Miguel Esteves Cardoso: A coragem de se ser quem se é

Homenageado no Festival Escritaria, em Penafiel, e no Festival Utopia, em Braga, nos passados meses de outubro e novembro, o cronista, um dos mais destacados e influentes das últimas décadas, é revisitado pelo seu atual editor

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Abdulai Sila: Três peças partindo pedra

Abdulai Sila (n. em 1958, em Catió, Guiné-Bissau) é autor, entre outros livros, de romances como A última tragédia (1995) e Mistida (1997) e de peças de teatro como As orações de Mansata (2007).

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Manuel António Pina: o poema no teatro

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Karina Sainz Borgo, o sofrimento dos outros

Karina Sainz Borgo é uma das mais destacadas escritoras venezuelanas da atualidade. Os seus romances dão a conhecer a dimensão humana de um país e região divididos, muitas vezes violentos, no qual as migrações são uma constante. Entrevista com a escritora venezuelana

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Porquê ler Italo Calvino?

A vasta obra literária deixada por Italo Calvino juntou a lucidez histórica, o realismo e a fantasia, recriando narrativas memoráveis como as Cidades Invisíveis

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UCCLA Viagens à volta da Língua Portuguesa

Na cidade da Praia, em Cabo Verde, a UCCLA promoveu mais um Encontro de Escritores de Língua Portuguesa. Na edição deste ano, homenageou a figura de Amílcar Cabral, que em 2024 será motivo de várias celebrações a pretexto do centenário do seu nascimento