Mário Centeno está na lista dos candidatos a liderar o Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo o The Wall Street Journal. O ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo faz parte de uma lista de quatro nomes que será avaliada esta quarta-feira pelos ministros das Finanças das sete maiores economias do mundo, que estão reunidos em França.
Entre os candidatos estão ainda o antecessor de Centeno no Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem. Também a ministra da economia de Espanha, Nadia Calviño, e o presidente do banco central da Finlândia e antigo comissário europeu, Olli Rehn, fazem parte da lista dos nomes que poderão assumir o cargo de diretor-geral do FMI. O governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney, que era apontado como um dos favoritos, já não faz parte da lista, segundo o The Wall Street Journal.
A atual líder do Fundo, Christine Lagarde, que foi proposta pelo Conselho Europeu para presidente do BCE, apresentou a demissão esta terça-feira. Sairá da instituição a 12 de setembro, data provável em que será ouvida pelos eurodeputados para decidirem se confirmam a nomeação de Lagarde para a liderança do banco central.
A liderança do FMI foi sempre assumida por um europeu nos 75 anos de história da instituição, fruto de um acordo informal entre os EUA e os países europeus em que Washington apoia o candidato pretendido pelos europeus. Em troca, os americanos garantem apoio do Velho Continente para a escolha do presidente do Banco Mundial.
Apesar das discussões preliminares sobre os potenciais candidatos na reunião dos ministros das Finanças do G7, a decisão final sobre o futuro diretor-geral do FMI é tomada pelos 24 membros da comissão executiva do Fundo.
A Exame questionou o ministério das Finanças sobre se Mário Centeno tem intenção de entrar na corrida à liderança do FMI mas ainda não obteve resposta.