O Produto Interno Bruto (PIB) português avançou 2,1% nos primeiros três meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2017. Abaixo do nível dos últimos trimestres e até das expectativas dos analistas. É preciso recuar até ao terceiro trimestre de 2016 para encontrar um nível tão baixo de crescimento.
A responsabilidade foi do abrandamento das exportações, que foi mais pronunciado do que nas importações. Do lado da procura interna, o consumo privado perdeu gás, enquanto o investimento ganhou ímpeto.
“A procura externa líquida registou um contributo mais negativo, em resultado da desaceleração mais acentuada das Exportações de Bens e Serviços que a registada nas Importações de Bens e Serviços. O contributo positivo da procura interna estabilizou no 1º trimestre, verificando-se uma ligeira desaceleração do consumo privado, enquanto o Investimento apresentou um crescimento ligeiramente mais acentuado”, pode ler-se no destaque do INE, onde os técnicos do instituto explicam que essa evolução do investimento se deve essencialmente à variação dos stocks.
Numa análise em cadeia – isto é, na comparação com os três meses anteriores – o crescimento do PIB foi de 0,4%, também com um contributo negativo da procura externa líquida e um reforço da procura interna, tanto por via do consumo como do investimento.
Recorde-se que o Governo espera que a economia nacional termine o ano com um crescimento homólogo de 2,3%, a mesma estimativa do Banco de Portugal, o que significa que este resultado não compromete esse objectivo. Porém, serve como sinal de que Portugal dificilmente continuará a crescer perto de 3% ao ano.
Correção: Inicialmente, o texto referia que este era o valor mais baixo desde o segundo trimestre de 2016, quando deveria estar escrito terceiro trimestre de 2016.