A praça portuguesa fechou a sessão desta segunda-feira, 5 de fevereiro, a cair mais de 2%, levando o principal índice nacional para níveis anteriores ao arranque do ano, eliminando assim praticamente todos os ganhos conquistados em 2018.
O PSI-20 terminou a recuar 2,02% para 5.405,31 pontos (o ano de 2017 encerrou nos 5.388,33 pontos), com o índice nacional a somar a sexta sessão consecutiva de desvalorizações e a acompanhar a tendência de perda das pares europeias.
Para as ações do Velho Continente foi também o sexto dia de quedas, com as praças de Paris, Milão, Madrid a perderem mais de 1%, enquanto ao alemão DAX ficou abaixo desta fasquia. A praça de Lisboa situou-se assim entre as que mais recuaram.
A influenciar o comportamento negativo das ações continua a situação internacional, com o mercado obrigacionista norte-americano a experimentar subidas de ‘yields’ que atingiram máximos de quatro anos perante a expetativa de um ritmo mais acelerado dos aumentos dos juros nos EUA, à boleia de uma recuperação mais intensa dos preços na maior economia do mundo.
No mercado norte-americano a tendência de perdas também se mantém, embora com menor magnitude, oscilando entre os -0,46% do Nasdaq e os 0,99% do Dow Jones.
“Penso que o que está a acontecer pode ser comparado com o início de 2016 quando vimos um recuo mais relacionado com a confiança do que com os fundamentais e vimos que houve uma recuperação relativamente rápida. Ver os juros a 10 anos tocar níveis de vários anos e o facto de tal ter acontecido rápido fez o mercado perceber que há por aí alguns riscos reais,” disse Brad McMillan, da Commonwealth Financial, à Reuters.
Em Lisboa, entre os títulos que mais caíram estiveram a Pharol (-10,07%), a Mota-Engil (-5,67%), a EDP (-2,92%) e a Navigator (-2,99%), enquanto a Galp desceu 2,23% e o BCP caiu 1,81%. Do lado dos ganhos – isolada – esteve a Corticeira Amorim, a subir 1,2%.