Dura dois dias e desvanece-se ao terceiro. Um grupo de cientistas norte-americanos propôs-se descobrir quanto tempo dura a sensação de bem-estar decorrente das relações sexuais e concluiu que se prolonga por 48 horas.
No estudo, publicado no Psychological Science, participaram 214 casais, recém-casados, que foram convidados a registar as vezes que faziam sexo, apontando também como se sentiam. Seis meses mais tarde, foi-lhes pedido que reavaliassem as suas relações.
Os investigadores acreditam que a explicação para o “afterglow” (não tem tradução direta) se manter durante dois dias está relacionada com o que estudos anteriores concluiram: que a concentração de esperma diminui quando se faz sexo com demasiada frequência e recupera por volta do terceiro dia. Assim, acreditam, podemos estar perante uma adaptação evolutiva para manter um casal junto enquanto a contagem de espermatozoides de um homem recupera, aumentando a hipótese de uma gravidez. Dois dias é também o máximo de tempo que os espermatozoides podem sobreviver no aparelho reprodutor feminino, pelo que, ao manter a abstinência durante dois dias, o esperma de melhor qualidade aumenta a possibilidade de concepção.
“Esta é a primeira investigação a quantificar a extensão do ‘afterglow’ sexual e a examinar os seus benefícios”, escreve o principal autor do estudo, Andrea Meltzer, da Universidade da Florida, que realça que quando maior o nível de satisfação dois dias depois do sexo, maior também a satisfação com a relação vários meses mais tarde.
Os investigadores alertam, no entanto, que estas conclusões precisam ser validadas com novos estudos, uma vez que todos os participantes neste eram jovens, na casa dos 20 anos, e quase todos heterossexuais.