É uma família alargada, aquela que a mala voadora tem reunido, desde 2015, no seu espaço do Porto. Artistas britânicos com os quais a companhia de teatro e os seus membros têm construído relações de afinidade, numa sucessão de colaborações. “Se a nossa empatia com o teatro inglês assenta, em grande medida, no facto de nos revermos na sua capacidade de reinventar os formatos do que pode ser teatro, são exatamente os que melhor o fazem que tentamos integrar na nossa família inglesa”, sublinham. Na quarta edição lançaram o convite a quatro criadores, entre consagrados e emergentes, autores de algumas das propostas mais inovadoras produzidas atualmente no Reino Unido.
O programa de Uma Família Inglesa arranca esta quinta, dia 15, com I Could Go On Singing (Over the Rainbow), da performer escocesa FK Alexander, a cantar uma versão de Somewhere Over the Rainbow, acompanhada pela voz de Judy Garland e, ao vivo, pela dupla de noise Okishima Island Tourist Association, para um único membro do público de cada vez. Uma performance vencedora dos prémios Total Theatre Award for Emerging Artist (Edinburgh Fringe 2016) e Autopsy Award (Edinburgh Fringe, Summerhall 2016).
Nos dias 16 e 17, sexta-feira e sábado, o espaço mala voadora acolhe Story #1, do norte-americano Greg Wohead (artista residente da estrutura em 2017) e da britânica Rachel Mars (finalista do Prémio Oxford Samuel Beckett Theatre Trust em 2016), uma reflexão sobre a forma e o motivo por que construímos narrativas, explorando os limites entre a realidade e a ficção. Nos dias 17 e 18, sábado e domingo, é a vez de se apresentar History, History, History, da canadiana (radicada no Reino Unido) Deborah Pearson, fundadora e diretora do premiado coletivo artístico Forest Fringe. Uma performance construída a partir de um filme cómico-satírico húngaro sobre futebol, que se deveria ter estreado a 23 de outubro de 1956, no Corvin Cinema, sede da revolução naquele país, com a artista a legendar e a comentar livremente as imagens, cruzando-as com a sua própria narrativa familiar.
Para além dos três espetáculos, o ciclo inclui ainda uma residência de artística (entre19 de fevereiro e 2 de março) de Xavier de Sousa, artista português a residir em Brighton, que adaptará o seu mais recente espetáculo, POST, a um contexto pós-colonial português.
Espaço mala voadora > R. do Almada, 283, Porto > T. 93 415 2264 > 15-18 fev, qui-dom 18h, 22h > €5