Quando, em dezembro de 1992, lançaram Mutantes S.21, os Mão Morta eram há muito uma referência para os fãs do rock mais underground. Mas poucos esperariam, possivelmente nem os próprios, o que aconteceria a seguir. O disco, em tudo fiel ao imaginário negro e sujo da banda fundada em 1984 por Adolfo Luxúria Canibal, Joaquim Pinto e Miguel Pedro, que à data já contava com quatro álbuns editados, acabaria por representar um momento de viragem na carreira dos Mão Morta, tornando-os, a partir de então, numa das maiores referências do rock nacional.
Um feito conseguido também devido ao Pop-Off, um programa da RTP 2, dedicado às franjas mais alternativas do pop-rock português, que fez um vídeo do tema Budapeste, da autoria de Nuno Tudela, desde então tornado numa espécie de realizador oficial do grupo. A visibilidade conseguida na televisão tornou o tema também num êxito radiofónico, fazendo com que frases como “Sempre a abrir a noite toda, sempre a rock & rolar” ou “charro aqui charro ali, mais um vodka para atestar” entrassem em definitivo para a memória coletiva de toda uma geração.
Com uma temática que relata histórias em ambientes urbanos, passadas num futuro então ainda distante, agora tão próximo e presente, todos os nove temas de Mutantes S.21 têm nomes de cidades e serão interpretados neste concerto, que marca o regresso dos Mão Morta à sua cidade natal, Braga.
Mão Morta > Theatro Circo > Av. da Liberdade, 697, Braga > T. 253 203 800 > 6 jan, sáb 21h > €15