As lojas de Maria Branco formam um triângulo comercial privilegiado na Baixa do Porto, espalhadas pela Rua do Almada (a Porto Craft Market), Rua das Flores (a 43 Branco) e, desde março, também pela Praça Guilherme Gomes Fernandes. Esta última, com o nome Branco Concept Store, é a maior, com dois pisos, onde outrora funcionou a Loja das Cortinas (ainda lá está o painel de azulejos, a assinalar o ano de abertura, 1950). No piso inferior, continua a apostar-se numa seleção de marcas e de artesãos, unidos por uma estética apurada. Já para o piso superior prometem-se novidades brevemente, com peças de mobiliário e de design.
Aqui, pensa-se nos turistas e isso é assumido, embora não se desiluda quem cá mora e procura um presente original. “Não nos interessa a recordação típica, não temos peças com alusão ao Porto”, afirma Luís Palhão, filho de Maria Branco, que a ajuda na descoberta de novos projetos. “Sou constantemente surpreendido, estão sempre a surgir produtos bons e bonitos”, sublinha. Nas escolhas das marcas, tentam que não concorram entre si. Há bonecas de pano, da Maria Feijão, e de pasta de papel, as Marietas; peças de cortiça, da Alma Gémea e da Korko, mas também sem marca associada, de artesãos alentejanos; loiça tradicional de S. Pedro do Curval e esculturas contemporâneas da Brâmica; cabeças de animais em pasta de papel, da Zoo in My Wall, ou em burel, do designer Miguel Gigante; conservas Cântara, com design antigo e José Gourmet, com uma imagem inovadora. E também marcas estrangeiras, como as mochilas Kraxe Wien (curiosamente produzidas na região do Porto e, por isso, vendidas na loja a melhor preço do que online) ou as carteiras Secrid. Maria Branco ainda contribui com bijuteria, feita ou conjugada por ela, em materiais mais ou menos ricos. Segundo Luís Palhão, “isto é um work in progress, andamos sempre à procura de coisas interessantes que façam sentido encaixar aqui”
Branco Concept Store > Pç. Guilherme Gomes Fernandes, 28, Porto > seg-dom 10h15- 19h45