Alcântara está em mudança, sobretudo na zona entre a Avenida Infante Santo e a Rua Maria Pia. Um dos pontos de paragem obrigatória é o novíssimo Ruvida, palavra italiana para “áspero” que, na opinião de Michel Fante, de Veneza, e Valentina Franchi, de Bolonha, é a consistência certa da massa fresca esticada à mão.
Abriram o restaurante este ano, com esplanada na Praça da Armada, agora coberta de flores. “Moramos em Campo de Ourique e estávamos à procura de um espaço. Num passeio por esta zona, descobrimos esta casa de fados que estava fechada”, conta Michel, referindo-se à célebre Casa da Mariquinhas. Remodelaram o interior e inauguraram um sítio a que chamam de “very untypical italian restaurant” (um restaurante italiano nada típico, traduzido à letra), com massa fresca feita à mão – esticada numa tábua de madeira de álamo de 1,40 X 90 cm, com ajuda de um rolo de faia, de 1,20 cm –, e receitas que fogem às originais de Itália. Há um tortellini in brodo in crema di parmigiano, isto é, com recheio de lombo de porco, mortadela e presunto de Parma, e um bigoli co l’arna, uma massa parecida com spaghetti, acompanhada com ragú branco de pato.
Nas últimas terças de cada mês, organizam um jantar com um menu de degustação numa mesa para 14 pessoas (apenas se podem inscrever quatro pessoas por grupo). Servem sete pratos, acompanhados de sete vinhos diferentes (italianos e não só), explicados por um sommelier.
Ruvida > Pç. da Armada, 17, Lisboa > T. 21 395 0977 > qua-sex 12h-15h30, 18h30-23h, sáb-dom 12h-23h