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“Planeio emitir um comunicado a anunciar que vamos iniciar uma nova fase para corrigir os erros que cometemos”, escreveu Bin Laden em 2010. “Ao fazê-lo, recuperaremos, se Deus quiser, a confiança de um grande segmento daqueles que perderam a sua confiança nas guerras santas”.
As cartas, que os Estados Unidos disponibilizaram esta quinta-feira online, no site do Centro de Combate ao Terrorismo fazem parte do vasto cojunto de mais de 6 mil documentos que os militares norte-americanos apreenderam em maio do ano passado, quando abateram o líder da Al Qaida, na sua casa, em Abbottad, Paquistão.
Nas missivas, vê-se um Bin Laden focado em voltar a atacar os EUA e até mesmo em matar líderes norte-americanos. Na sua mira estariam, sobretudo, aviões que levassem a bordo David Petraeus, diretor da CIA, e até Barack Obama, especulando que o homicídio do Presidente levaria à Casa Branca o vice-presidente Joe Biden, o que, por sua, vez, mergulharia, comentava o líder terrorista, os EUA numa crise.
Os analistas norte-americanos, que se debruçaram sobre as cartas, descrevem-no como preocupado com a falta de capacidade de alguns grupos terroristas em conseguir apoio público para a sua causa, as suas campanhas sem sucesso nos media e as ações mal planeadas, que, na sua opinião, mataram demasiados muçulmanos inocentes.
Nada nos documentos que agora são tornados públicos aponta diretamente para a existência de simpatizantes da Al Qaida dentro do governo do Paquistão, embora seja de presumir, conforme nota a Associated Press, que qualquer referência nesse sentido tenha sido considerada informação classificada.