Usamah Bin Muhammad bin Awæd bin Lãdin, nasceu no dia 10 de Março de 1957, em Riade, foi um dos membros sauditas da próspera família bin Laden, além de líder e fundador da Al-Qaeda, organização terrorista que ficou mundialmente conhecida após os ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos.
Filho de Muhammed bin Laden, imigrante iemenita, um cidadão pobre que conseguiu chegar a homem mais rico e poderoso da Arábia Saudita, depois do próprio rei, Osama bin Laden era o filho único de sua décima mulher.
Desde 2001, bin Laden esteve sempre entre os dez terroristas mais procurados pelo FBI. Acreditava-se que Bin Laden e seus companheiros da Al-Qaeda estavam escondidos entre o Afeganistão e o Paquistão.
Quando era jovem participou de forma voluntária, na década de 80, em encontros de grupos de árabes e acampamentos de milícias armadas no combate aos invasores soviéticos.
A ligação de Bin Laden aos Estados Unidos é muito controversa. Numa entrevista transmitida em 2001, a propósito do documentário Fahrenheit 9/11, de Michael Moore, o príncipe Bandar Bin Sultan, embaixador saudita nos EUA, na altura, afirmou ter conhecido Osama Bin Laden na década de 80, durante o conflito, quando o líder guerrilheiro veio agradecer-lhe a ajuda que a Arábia Saudita e os Estados Unidos tinham dado nas investidas das milícias contra os soviéticos.
Posteriormente, estabeleceu-se no Sudão, onde iniciou, em paralelo, às suas atividades empresariais, a organização que mais tarde viria a ganhar o nome de Al Qaeda, originalmente destinada a combater a família real saudita. Bin Laden detestava os modos ocidentalizados, perdulários, corruptos e “pouco islâmicos” da família real.
No Sudão estabeleceu contactos com diversos grupos islâmicos, nomeadamente de origem egípcia, foi gradualmente influenciado a ampliar o leque dos seus inimigos, passando a considerar também o combate aos xiitas, judeus e ocidentais. Nesta altura começa a considerar o terrorismo uma ação válida de retaliação, financiando algumas intervenções na Argélia e no Egito. Em 1995, após um atentado falhado contra a vida do então presidente Hosni Mubarak, os países árabes pressionam o Sudão para que Osama fosse expulso do país. Bin Laden perde todo o seu património, tanto empresarial como imóveis, decide então instalar-se no Afeganistão. Nesta ocasião foi renegado pela família e perdeu a cidadania saudita.
No Afeganistão, sem as condições financeiras de outrora, passou a dedicar-se integralmente à causa islâmica, reconstruindo gradualmente a organização, unindo esforços com outros grupos islâmicos refugiados no país (destaque para a Jihad Islâmica egipcia, liderada por Ayman al-Zawahri, que viria a se tornar o braço-direito de Bin Laden). Decide eleger os Estados Unidos como a grande nação inimiga. Aproxima-se dos Talibãs que eram financiados pelos norte-americanos e pela Arábia Saudita. Torna-se amigo e confidente do líder talibã, Mohamed Omar.
A partir do Afeganistão planeia e coordena os ataques terroristas às embaixadas americanas no Quénia e na Tanzânia, em 1998, e ao navio de guerra USS Cole, em 2000.
No dia 11 de setembro de 2001 a Al Qaeda realiza o ataque terrorista contra as torres gémeas, em Nova Iorque, e contra o pentágono, provocando a morte imediata de 2754 pessoas, oriundas de 90 países diferentes.
Ao longo da última década especulou-se bastante sobre o local onde se encontrava escondido. Acreditava-se que estaria na fronteira montanhosa entre o Afeganistão e o Paquistão.
Em 2006, o jornal francês L’Est Republicain escreve que Bin Laden teria morrido de febre tifoide. No dia 8 de setembro de 2008 surge na Internet um novo vídeo onde é visível que está vivo e bem de saúde. Os Estados Unidos aumentam a recompensa por informações sobre a localização do terrorista de 25 para 50 milhões de dólares.
No dia 1 de maio de 2011, fontes oficiais dos Estados Unidos divulgam que Bin Laden teria sido capturado e morto num esconderijo nos arredores de Abbottabad, no Paquistão. Tudo aconteceu durante uma operação secreta realizada por forças especiais norte-americanas em conjunto com a CIA e o governo paquistanês, que colaborou na localização.
O ADN do corpo é comparado com amostras da sua irmã e a identidade confirmada. O cadáver é mantido sobre custódia militar e o Presidente Barack Obama confirma oficialmente a morte ao mundo através da televisão.