Várias notícias deram como certo que a cobrança de energia nos Postos de Carregamento Rápido iria ser iniciada a 1 de julho, o que não aconteceu. Em declarações à Exame Informática, Nuno Maria Bonneville, administrador da Mobi.e, explicou que a entidade que gere a rede de postos de carregamento público nunca anunciou 1 de julho como a data inicial dos pagamentos, adicionando que a Mobi.e está a receber a informação relativa aos tarifários dos operadores: «só depois de reunida esta informação é que podemos publicar os tarifários finais, o que vai ser feito até ao final de julho».
Relativamente às dúvidas dos utilizadores de veículos elétricos, a Mobi.e esclarece que «não há o risco de os condutores ficarem sem carregar», indicando que estes «utilizadores vão receber todas as informação atempadamente». Segundo este responsável, os cartões atuais, que garantem o acesso aos postos de carregamento, vão continuar a ser válidos durante a fase de transição, bastando aos utilizadores escolher qual o operador pretendido no site da Mobi.e. Posteriormente, os operadores vão distribuir cartões novos aos seus clientes. Recorde-se que a rede Mobi.e garante a interoperabilidade entre operadores, o que significa que os clientes vão pagar o valor cobrado pelo operador escolhido independentemente do posto usado.
Quanto aos preços praticados, a informação ainda não está disponível. Mas já se sabe que os valores cobrados vão ser necessariamente mais elevados que os preços anunciados pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, no final de 2016 porque o valor indicado, entre 1,5 e 3 euros, só cobre os custos do serviço, faltando ainda adicionar os custos da energia. Ainda assim, a Mobi.e acredita que os valores praticados vão garantir que o custo energético de utilização de um veículo elétrico vai ser significativamente inferior ao custo energético de utilização de um veículo de combustão equivalente.
Os postos de carregamento lento e semirrápido, os mais comuns nas cidades e vilas, vão continuar a ser de utilização gratuita. Pelo menos até 2018.