Olá, bom-dia
As recordações não têm fim: eram os passeios de barco, os dias longos passados ao ar livre, as fogueiras na praia, os namoros de verão, os jogos de futebol em modo brinca na areia… Claro que, como em todas as descrições do género “Paraíso na Terra”, nas memórias carregadas de nostalgia estão sempre misturadas as sensações de uma juventude perdida. Por isso, estas declarações podem vir toldadas de uma certa irrealidade. Seja como diria John Ford: quando a lenda se torna facto, imprima-se a lenda. “Não tenho coragem de voltar ao Vau. Na última vez que o vi foi por satélite, no Google Earth”, confessava, a propósito, Jorge Horta, um dos entrevistados da Rosa Ruela, na reportagem que assinou, com a colaboração da Inês Belo, na edição da VISÃO de 19 de julho de 2017 e que hoje aqui recordamos.
Era uma vez no Algarve… vai à procura dessas lembranças dos anos 60 (e 40 e 50 também), pondo em confronto algumas fotografias do que era a mais conhecida região turística do País, pré-turismo de massas e betonização da costa. “Era uma elite, sim, senhor, um certo Portugal antes do 25 de Abril, que desapareceu e só resiste na memória de uns happy few. Mas era uma elite cujos pais optavam por fazer a viagem duríssima de carro rumo ao Sul, incluindo as 365 curvas seguidas da serra do Caldeirão, numa altura em que as férias na praia se declinavam entre o Estoril, a Caparica, São Martinho do Porto e pouco mais.” Tão importantes quanto o texto que publicamos são os postais de algumas das praias e localidades algarvias, resultado de uma excelente pesquisa de Luís Barra, repórter-fotográfico da VISÃO. Acredite, caro leitor, veraneante nos Algarves por estes dias ou não, que vale mesmo a pena percorrer, nas páginas iniciais da reportagem, as imagens da Praia da Rocha, Armação de Pera, Albufeira, Alvor, Quarteira e Monte Gordo. Conta-me como foi…
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