A companhia aérea Ryanair apresentou lucros de 15 milhões durante os últimos três meses de 2011 apesar do decréscimo do número de passageiros nos seus voos low cost: menos 2% em comparação com igual período de 2010. Isto significa que de outubro a 31 de dezembro, “apenas” 16,2 milhões de pessoas voaram pela Ryanair.
Este relatório diz respeito aos últimos três meses do ano 2011, período em que as suas receitas aumentaram 13%, para um total de 844€ milhões. Os resultados financeiros positivos devem-se, segundo a empresa, ao aumento de 17% das taxas associadas aos voos.
Foi Michael O’Leary, diretor executivo da Ryanair, quem apresentou estes números, anunciando também a expectativa de que em março/abril deste ano serão criadas cinco novas bases europeias. As esperadas são: Palma (Espanha), Baden-Baden (Alemanha), Wroclaw (Polónia), Billund (Dinamarca) e Paphos (Chipre). No verão espera-se o lançamento de uma sexta base, revelou ainda O’Leary.
Exemplo holandês a ter em conta
As dificuldades financeiras na União Europeia, o aumento dos preços dos combustíveis, vários cortes na capacidade das empresas e o aumento de taxas e tarifas a cobrar aos passageiros assim como algo que a Ryanair indica como o falhanço do modelo de pacote turístico, cria enormes oportunidades para estas empresas de viagens low cost e os aeroportos europeus de pequenas dimensões que competem entre si para crescerem e dinamizar o turismo nessas regiões.
No entanto, opções de países como os do Reino Unido que querem instaurar uma “taxa de turismo” estão a ser duramente criticadas, não só por estas empresas, como também pela própria população, apontando o caso holandês, onde foi adotada uma medida semelhante, rapidamente abandonada no seu primeiro ano após verificar o impacto negativo que esta teve no turismo holandês e receitas daí provenientes.
As viagens low cost são cada vez mais procuradas pelos portugueses, algo que também se pode verificar com companhias como a Ryanair (com bases em Porto e Faro, mas atrás da Air Berlin, a “campeã” com bases em Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Ponta Delgada) a operar em Portugal. Este é, aliás, o tema principal da nova edição da Visão Vida & Viagens, também ela uma revista… low cost.