A entrevista (disponível, a partir de quinta-feira, na revista VISÃO) foi feita no início da semana, no novo gabinete que ocupa, paredes meias com sala do grupo parlamentar do PS. Eleita líder da bancada por 91% dos deputados socialistas, em outubro, Ana Catarina Mendes admite que a situação do Serviço Nacional de Saúde obriga a uma solução rápida e musculada: mais dinheiro e mais profissionais é a resposta que ensaia, quando falta menos de um mês para a entrega do Orçamento do Estado para 2020 na Assembleia da República.
Sobre esse documento, a socialista não adianta detalhes, até porque as negociações ainda agora estão a começar. Aquillo que a nova presidente da bancada do PS (e a primeira mulher naquelas funções) garante é que Bloco de Esquerda, PCP e Verdes serão as primeiras portas a que vai bater para conseguir entendimentos que garantam a maioria na Assembleia da República. Mas não serão as únicas. “Em democracia, conversa-se com todos e ouvem-se todos”, ressalva.
De qualquer forma, esse trabalho de negociações será “muito exigente”, depois de a possibilidade de uma nova “geringonça” ter ficado pelo caminho. Aí, Ana Catarina Mendes sai em defesa de António Costa. Considera um “equívoco” pensar-se que foi o líder do PS quem encerrou esse capítulo e garante: “Não foi o PS que matou a geringonça.”