Achando-se muito esperto, e aberto, e franco, Elon Musk decidiu que deveria referendar o seu cargo de CEO no Twitter, junto dos seus utilizadores. Correu mal, assim à primeira vista. Nunca se sabe se os números não darão a volta, tipo eleições russas, e acabarão com uma vitória esmagadora.
Se nada mudar, Musk não pode agora fazer uma birra, e ficar. A fúria invadiria a rede social. Claro que sendo o dono pode acabar com o cargo de CEO, e inventar um outro qualquer, com mais e maior concentração de poder, e só para ele. Um feito e fato à medida. Musk é capaz de tudo. Compra, não compra, afinal até compra. A saga do Twitter deixou-lhe uma margem inesgotável para as suas traquinices.
Uma coisa é certa: os utilizadores da rede não querem Elon, nem as suas variações de humor, a comandar a rede. Não mandam nada, é certo, mas arreganharam os dentes. Isso atemoriza o dono e senhor do Twitter? Jamais, em momento nenhum.
Elon Musk é um pirata genial, sempre disponível para pagar as suas maiores loucuras, ou ideias delirantes, que resultam sempre em mais biliões para ele, e esta alucinação do referendo online só poderia sair da sua cabeça. Seja como for, ele vai sair-se bem. Sempre com aquele sorriso maroto, e de garoto.
Em tudo isto há um reverso, e é muito visível nas suas relações e ligações financeiras: é demasiado instável para dar sossego. Quem alinha com ele, Musk, enche rapidamente os bolsos, e sai na primeira oportunidade. Ele não dorme, cogita. Matuta. Rumina. Sem descanso.
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