O Presidente da República invocou e relembrou, no domingo, no Dia da Liberdade de Imprensa, de uma forma límpida, cristalina, e sincera, tudo o que o Governo, e em particular o primeiro-ministro (PM), e a Assembleia da República, deveria interiorizar e aceitar sobre os Media. Alguns perceberam, mas fizeram de conta. E usam os media, claro, para dizer que não é um problema deles. Convenhamos que não sãos os únicos. Uns dizem, outros não. O PSD e o PCP, por exemplo, são contra a compra de publicidade antecipada pelo Estado. Era o faltava, dizem. É espantoso? Nada. Por motivos ideológicos diferentes, estão juntinhos na intenção.
O PR transmitiu 5 razões inequívocas:
- “Uma informação transparente e de confiança é necessária para construir instituições justas e imparciais, construir relações de confiança entre eleitos e eleitores, fiscalizar os poderes e manter uma sociedade esclarecida, plural e vigilante”. Alguém contesta?
- Para reforçar esse ponto, que agora toca a todos, o Presidente da República (PR) invocou a informação e a mentira sobre a pandemia, esperando que “tenhamos percebido isso”. Cristalino, explicou, para que dúvidas não existam: “Hoje em dia, de facto, há muitas formas de espalhar e partilhar informação, muitas vezes falsa ou, pelo menos, não segura, pelo que se tornou ainda mais importante termos órgãos de informação jornalística livres, seguros e confiáveis.” Alguém duvida?
- De uma forma sincera, porque essa sempre foi uma preocupação sua, o Presidente sublinha a iminência de uma catástrofe: os Media, que permitem aos portugueses “estar bem informados, estão a ser vítimas da crise económica associada à crise sanitária, e muitos enfrentam já limites ao seu funcionamento“. Alguém desmente?
- Sendo sincero, o PR não deixa que nenhum poder político, Governo e Assembleia, se esqueça de cumprir o que vem na Constituição: “O Estado assegura a liberdade e a independência dos órgãos de comunicação social perante o poder político e o poder económico”. Alguém questiona?
- A conclusão é óbvia, para o PR: o “Estado pode e deve estar atento e apoiar a sustentabilidade dos media de forma transparente e não discriminatória». Mais límpido do que isto não é possível. Há quem se preocupe, mais ou menos, de vez em quando, com a liberdade de Impresa, mas esses estão longe, muito, de entender que a lengalenga anti mediática «só semeia confusão e alimenta populismos.» Alguém contradiz?
Querem que explique, já agora, qual é a maior de todas as discriminações, aquela que é insustentável, inegável, e impensável?